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A Deolinda esteve na Póvoa de Varzim e o Renovação falou com ela

5 Abril 2016
A Deolinda esteve na Póvoa de Varzim e o Renovação falou com ela
Cultura
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A Deolinda formou-se em 2006, quando Luís José Martins e Pedro da Silva Martins, ambos guitarristas, convidaram Ana Bacalhau para interpretar quatro temas escritos por Pedro da Silva Martins.
A relação simbiótica entre o canto de Ana e a composição de Pedro levaram à formação da Deolinda, onde se o contrabaixista Zé Pedro Leitão.
A banda tornou-se num dos maiores fenómenos de popularidade da música portuguesa contemporânea, em Portugal e no estrangeiro, tendo sido galardoada com dois globos de ouro, um prémio Amália Rodrigues, um prémio José Afonso e um Songlines Music Award.
O primeiro disco, “Canção ao Lado”, foi lançado em 2008, atingindo a dupla platina, chegando à marca das 50 mil unidades vendidas. Em 2009, o LP foi editado no mercado discográfico europeu, entrando directamente para o 8.º lugar da tabela de vendas World Music Charts Europe, levando a Deolinda para a estrada na sua primeira digressão europeia.
“Dois Selos e Um Carimbo” foi editado em 2010 e entrou directamente para o topo da tabela nacional de vendas, atingindo a quadrupla platina, o que leva a banda a actuar pela primeira vez nos Coliseus de Lisboa e Porto. Considerado um dos melhores álbuns do ano em Portugal, o disco foi aplaudido por toda a Europa.
A Monocle considerou a Deolinda como uma das maiores referências culturais da lusofonia a nível mundial, e o jornal de referência britânico Sunday Times colocou o disco entre os 10 melhores álbuns de World Music.
Em 2013 foi editado o terceiro disco, “Mundo Pequenino”, que se tornou de imediato disco de ouro e esgotou os Coliseus de Lisboa e Porto. Gravado nos Boomstudios, em Vila Nova de Gaia, foi produzido pelo britânico Jerry Boys e pela própria banda.
O quarto álbum de originais chama-se “Outras Histórias” e a Deolinda veio apresentá-lo no passado mês de março ao Casino da Póvoa de Varzim.

Qual é o primeiro Single deste novo trabalho?

O novo e primeiro single do disco é o “Corzinha de Verão”.

O que destacam deste 4.º álbum de originais “Outras Histórias”?

Este é um disco que reflete o que é a Deolinda em 2016. Depois de muita estrada, muitos concertos, palcos diferentes, experiências com outros músicos, produtores, técnicos, sentimos que existem novas influências e referências. Partimos para o disco com cerca de 20 canções, mais tarde juntou-se a co-produção do João Bessa e uma lista de instrumentos e colaborações que queríamos experimentar. Desse grupo de 20, gravámos estas 15 do disco.

Qual é a sensação de estar em 1.º lugar do top nacional de vendas?

É uma sensação incrível. Em primeiro lugar porque sentimos o carinho das pessoas pelo nosso trabalho e depois porque assim temos uma espécie de atestado para podermos continuar a fazer o que mais gostamos de fazer.

Como lidam com a fama?

Lidamos com tranquilidade. No início era difícil, mas hoje em dia faz parte da nossa profissão. Encaramos isso com a nossa naturalidade e continuamos a ser as mesmas pessoas antes desse reconhecimento.

Onde gostariam de ver a Deolinda daqui a uns anos?

É sempre difícil responder a essa pergunta. Em primeiro lugar se nos fizessem essa pergunta quando começámos nunca imaginaríamos estar onde estamos. Em segundo lugar não somos bons em futurologia, falhamos muitas vezes. Mas gostaríamos de ver a Deolinda saudável e feliz por muitos bons anos!