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2016 é o ano do Macaco na China

6 Janeiro 2016
2016 é o ano do Macaco na China
Opinião
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Terminou o ano da Cabra e começa o novo ano Chinês, 2016, sobe a cordialidade, o instinto e proteção do Macaco. A animalidade dos bichos nada tem de animalesco. Os animais têm moralidade e animalidade. Os humanos, ao contrário, têm animalidade e alguma moralidade. Ironia à parte, é com convicção entre os macacos que os homens não dependem deles. Mas se dele aprendêssemos a “abanar o rabo” com mais frequência, a vida quotidiana de cada um de nós seria uma explosão de alegria, diz Franz KafKa (1883-1924).
Confesso a minha ignorância relativamente à origem e respetiva penetração cultural na história desse povo ao colocar o novo ano sob a égide dum determinado animal. Razões não faltarão. Na selva toda a criatura è civilizada e é o primeiro livro das Escrituras Sagradas que o diz. O stress e a batota nascem depois. No confronto de homem para homem. Enquanto no reino dos macacos, a selva, a ordem mantêm-se inalterável, na espécie humano está tudo por pacificar. Ironia à parte, sublinho. Portugal também abriu o novo ano com uma inédita macacada politica.
A China, o “Imperio do Meio”, Zhong-guo, foi durante muito tempo considerada como o centro do mundo. Tudo, neste Imperio, assenta em heranças de culturas que se perdem no tempo. Constituído desde o seculo III antes de Cristo, o Imperio Chines è um bloco centralizado, burocrático.
O Imperador è sempre considerado “filho do céu”, logo senhor irrepreensível com mandato autoritário sobre os povos. O património de três dinastias poderosas, os Tang, os Song e os Ming e uma amálgama de doutrinas circunscritas a três religiões dominantes, Confucionismo, Taoísmo e Budismo, são os pilares da civilização Chinesa que atualmente imerge por todo o mundo como um colosso, sem fronteira geográfica. Quem dela se abeira tem muito a aprender.
Os macacos são mamíferos de muita agilidade. Não saem à noite, não pegam fogo à floresta e protegem a família. São politicamente corretos. Nunca atacam pelas costas. De facto, os macacos não dependem de nós. É outra gente.
A ver vamos neste ano de 2016 como se comporta a macacada nesta fidalga, hospitaleira e linda Vila do Conde.

Artur Bonfim