Benfica, Porto e Sporting colocam jogadores excedentários e Rio Ave garante empréstimos

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Benfica, Porto e Sporting passaram o mercado de inverno em Portugal, que encerrou esta segunda feira, a arranjar colocação para alguns futebolistas excedentários dos seus quadros, ainda que sem encaixes significativos.
O Sporting confirmou nas derradeiras horas os empréstimos até ao final da época do defesa Tiago Ilori (Lorient) e dos avançados Rafael Camacho (Rio Ave), Pedro Mendes (Nacional) e Pedro Marques (Gil Vicente), todos sem opção de compra.
O Rio Ave Futebol Clube garantiu, ainda, o ponta de lança Júnior Brandão, por empréstimo do Ludogorets.
Nos mesmos moldes já tinham rumado o defesa Ivanildo Fernandes ao Almería, comandado por José Gomes, e o avançado maliano Abdoulay Diaby ao Anderlecht, enquanto o central João Silva assinou a título definitivo pelos croatas do Istra Pula.
Por resolver ficaram as situações laborais do guarda-redes Renan Ribeiro e dos defesas Bruno Gaspar, Lumor e Stefan Ristovski, suscetíveis de continuarem a ser negociados pelo Sporting nos mercados que permanecerão abertos até ao princípio de março.
Quase sem excedentários para colocar, o campeão nacional em título FC Porto optou pela cedência, até junho, do médio japonês Shoya Nakajima ao Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, que ficou com uma cláusula de compra fixada nos 40 milhões de euros (ME).
O médio Ewerton voltou do Urawa Reds e seguiu viagem imediata para Portimão, sem os contornos definitivos da saída do chadiano Marius, numa altura em que os ‘dragões’ ganharam pressão adicional para renovar contratos com os influentes Otávio e Moussa Marega.
Quanto ao Benfica, desvinculou-se do avançado Facundo Ferreyra, novo reforço dos espanhóis do Celta de Vigo, e acertou os empréstimos dos defesas Ferro (Valência) e Tomás Tavares (Farense), ambos sem opção de compra prevista no verão.
Se Jean-Clair Todibo saiu da Luz para evoluir em Nice, sob a tutela do FC Barcelona, Filip Krovinovic, que também passou pelo Rio Ave, trocou o West Bromwich Albion pelo Nottingham Forest e Gedson Fernandes abandonou o Tottenham, treinado por José Mourinho, para rumar ao Galatasaray.
O Sporting de Braga, elevado a “rei” do mercado graças à venda milionária de Paulinho ao Sporting, rescindiu contratos com os defesas Diogo Viana (Feirense) e Diogo Figueiras (Famalicão) e emprestou o avançado brasileiro Guilherme Schettine ao Almería.
O mês encheu-se de saídas de jogadores com menor utilização, casos de Farense (Mayambela e Patrick), Nacional (Palocevic e Arabidze), Boavista (Musa Juwara), Marítimo (Marcelinho e Dejan Kerkez) ou Belenenses SAD (Robinho e Edi Semedo, que foi cedido por empréstimo ao Mafra).
O Gil Vicente decidiu terminar a ligação com alguns emprestados (Daniel Fuzato e Renan Oliveira), numa política seguida por Paços de Ferreira (Simão Bertelli), Moreirense (David Tavares), Famalicão (Dyego Sousa e Marcello Trotta) ou Portimonense (Safawi Rasid).
Esta prática negocial tem ganho força em tempos pandémicos, como expressou a ida de Denis Poha de Guimarães para Portimão, contrariando a tendência generalizada dos atletas cedidos em baixar de escalão na esperança de obter mais minutos competitivos.
Mesmo em plena recessão financeira, acelerada pela pandemia de Covid-19, o mercado proporcionou negócios valiosos para alguns clubes portugueses, como a venda do lateral moldavo Oleg Reabciuk do Paços de Ferreira aos gregos do Olympiacos por dois milhões de euros.
Igual quantia pagaram os japoneses do Shimizu S-Pulse pelo avançado brasileiro Thiago Santana, figura do passado recente do Santa Clara, a par do médio iraquiano Osama Rashid, que foi contratado pelos turcos do Gaziantep, orientado por Ricardo Sá Pinto.
Diego Lopes mudou-se de Vila do Conde para os singapurenses do Lion City Sailors a troco de 1,8 milhões de euros, enquanto o Portimonense rentabilizou alguns empréstimos no futebol asiático e a viagem de Aleksandar Palocevic para Seul rendeu um milhão ao Nacional.