Última hora

Número de doentes com Legionella em Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos diminui

19 Novembro 2020
Número de doentes com Legionella em Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos diminui
Local
0

O número de pessoas internadas devido ao surto de Legionella na região do Grande Porto, em Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, diminuiu para 17, com a recuperação de três doentes que hoje tiveram alta, confirmou fonte da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N).
Desses três doentes recuperados, dois verificaram-se no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde continuam internadas 10 pessoas, tendo a outra alta sido registada no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, que ainda presta assistência a quatro pacientes.
No Hospital São João, no Porto, mantêm-se três pessoas internadas.
O número de casos de Legionella diagnosticados desde o início de surto, a 29 outubro, não sofreu hoje alterações, mantendo-se nos 85, registando-se as mesmas nove mortes devido a complicações associadas à doença.
A origem do surto continua por detetar, mas a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) divulgou, na terça feira, que, “como medida cautelar, a Autoridade de Saúde da ULS [Unidade Local de Saúde] de Matosinhos procedeu à suspensão do funcionamento das torres de refrigeração de duas indústrias, localizadas no concelho de Matosinhos”.
A empresa de produtos lácteos Longa Vida, em Matosinhos, confirmou, na quarta feira, que foi uma das empresas a ter desligado as suas torres de refrigeração “a título preventivo”.
A Câmara Municipal de Matosinhos garantiu estar a “acompanhar de perto e com preocupação o desenvolvimento do surto”, considerando que, “independentemente do concelho onde se situem as instalações, o importante é que o foco tenha sido identificado e que esta situação possa, em breve, ser ultrapassada”.
Na semana passada, o Ministério Público anunciou a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.
A doença do legionário é uma forma de pneumonia grave, provocada pela bactéria ‘Legionella Pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares, que, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo.