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Análises feitas mostram ausência de ligação entre novo surto de Legionella e a água de Matosinhos

11 Novembro 2020
Análises feitas mostram ausência de ligação entre novo surto de Legionella e a água de Matosinhos
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Análises feitas à água do concelho de Matosinhos permitiram concluir, pela inexistência da bactéria ‘Legionella Pneumophila’, uma relação com o surto de Legionella que está a afetar a região Norte do país, disse esta terça feira a presidente da autarquia.
“A única informação que tenho garantida é que, em termos de abastecimento de água de Matosinhos, foram feitas todas as certificações e não existe nenhuma relação [do surto] com o abastecimento público da água”, afirmou Luísa Salgueiro.
O número de mortes devido ao surto de Legionella que está a afetar os concelhos de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos, no distrito do Porto, aumentou esta terça feira para seis, divulgou a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N).
No total, e segundo a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), já se registaram, desde o início do mês, 56 casos de Legionella em concelhos da região Norte, sendo que a origem do surto ainda está por determinar.
Dizendo-se “preocupada” com a evolução do surto, a presidente disse aguardar a identificação da sua origem para, desta forma, o suster.
A mais recente vítima mortal registou-se esta terça feira no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, onde, de acordo com fonte dessa unidade, já ocorreram no total quatro óbitos.
No Hospital Pedro Hispano mantêm-se 20 pessoas internadas, mais duas em relação a segunda feira.
Também no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde aumentou o número de internamentos devido à doença, com mais dois casos diagnosticados, elevando para 13 o número de pessoas que estão a receber assistência na unidade, onde já se registaram duas mortes, confirmou, também, fonte desta unidade.
Já no Hospital de São João, no Porto, estão seis pessoas internadas, duas das quais em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), revelou fonte oficial desta unidade hospitalar.
A doença do legionário é uma forma de pneumonia grave, provocada pela bactéria ‘Legionella Pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares, que, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo.