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INE diz que confiança dos consumidores diminui em setembro e clima económico mantém subida

30 Setembro 2020
INE diz que confiança dos consumidores diminui em setembro e clima económico mantém subida
Economia
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O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em setembro, mantendo-se “relativamente próximo” do nível dos últimos três meses, e o indicador de clima económico manteve a subida iniciada em maio, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Em setembro, o indicador de confiança dos consumidores diminuiu, permanecendo num patamar relativamente próximo nos últimos três meses, após a recuperação parcial observada em maio e junho, mas situando-se ainda significativamente abaixo dos níveis pré-pandemia”, refere o INE.
Quanto ao indicador de clima económico, “que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas, recuperou entre maio e setembro, de forma ligeira no último mês, após registar em abril a maior redução e um novo mínimo da série”.
Os resultados dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores divulgados pelo INE revelam que, “em setembro, os indicadores de confiança aumentaram na ‘construção e obras públicas’ e nos ‘serviços’, tendo diminuído na ‘indústria transformadora’ e, de forma ligeira, no ‘comércio’”.
A diminuição do indicador de confiança dos consumidores em setembro “resultou sobretudo do contributo negativo das perspetivas sobre a evolução futura da situação económica do país e, em menor magnitude, da evolução negativa das perspetivas da situação financeira do agregado familiar e das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar”.
Em sentido contrário, as expectativas relativas à realização de compras importantes registaram um contributo positivo.
Segundo o INE, “o indicador de confiança da indústria transformadora diminuiu em setembro, interrompendo a recuperação observada entre junho e agosto, após ter atingido em maio o mínimo histórico da série na sequência da queda abrupta registada em abril”.
A redução do indicador, explica, “refletiu o acentuado contributo negativo do saldo das perspetivas de produção da empresa, enquanto as apreciações relativas à evolução da procura global e às opiniões sobre os ‘stocks’ de produtos acabados contribuíram positivamente”.
No último mês, o indicador diminuiu no agrupamento de ‘bens intermédios’, tendo “aumentado expressivamente” no agrupamento de ‘bens de investimento’ e estabilizado no de ‘bens de consumo’.
Quanto ao indicador de confiança da construção e obras públicas, recuperou entre maio e setembro, depois de registar em abril a diminuição mais acentuada da série, tendo atingido o mínimo desde novembro de 2015.
Segundo adianta o INE, a recuperação deste indicador nos últimos quatro meses “resultou do contributo positivo de ambas as componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego”.
No mês de setembro, a melhoria do indicador verificou-se apenas na divisão de ‘engenharia civil’, que recuperou das perdas acumuladas desde o início do ano.
Já no setor do comércio, o indicador de confiança “diminuiu ligeiramente, interrompendo o perfil ascendente observado entre maio e agosto, após ter diminuído de forma expressiva em abril, quando atingiu o mínimo da série”,
“Esta evolução refletiu o contributo negativo das apreciações relativas ao volume de ‘stocks’ e das perspetivas de atividade da empresa nos próximos três meses, tendo as opiniões sobre o volume de vendas contribuído positivamente”, refere o INE.
O indicador de confiança diminuiu no subsetor ‘comércio por grosso’, enquanto no ‘comércio a retalho’ aumentou entre maio e setembro.
No que se refere ao indicador de confiança dos serviços, “aumentou entre junho e setembro, após ter diminuído entre fevereiro e maio, tendo registado em abril uma queda abrupta e atingido em maio o mínimo histórico da série”.
De acordo com o INE, “o comportamento do indicador no último mês resultou dos contributos positivos de todas as componentes, opiniões sobre a atividade da empresa, apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas e perspetivas sobre a evolução da procura, tendo esta última componente recuperado quase a totalidade das reduções acumuladas em março e abril”.