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Filme premiado no Curtas de Vila do Conde nomeado para os prémios franceses Césares

18 Fevereiro 2019
Filme premiado no Curtas de Vila do Conde nomeado para os prémios franceses Césares
Cultura
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A curta metragem de animação “Entre Sombras”, segundo filme de Alice Eça Guimarães e Mónica Santos, foi exibido em festivais nacionais e internacionais, conquistou distinções, e conseguiu uma inesperada nomeação para os Césares, prémios do cinema francês, a entregar esta semana.
“Estamos muito contentes porque está a superar as nossas expectativas, até porque não sabíamos que éramos elegíveis para os Césares”, partilhou Alice Eça Guimarães, explicando que tal aconteceu “porque existe uma pós-produção com uma produtora francesa, a Vivement Lundi!”.
“Entre Sombras”, que mistura as técnicas de pixilação e ‘stop motion’ com atores reais, está nomeado para os Césares, que são entregues na próxima sexta feira, na categoria de Melhor Curta-Metragem de Animação.
Em dezembro, o filme foi distinguido com o prémio de melhor animação do festival Caminhos do Cinema, de Coimbra. No mês anterior, tinha recebido uma menção honrosa e o Prémio do Público na Festa Mundial da Animação, em Portalegre. Em julho, venceu o Prémio do Público do festival Curtas Vila do Conde. Antes disso, já tinha recebido o Prémio do Público no Animafest, em Zabreg, na Croácia, e o prémio especial do júri do festival de cinema de animação de Hiroshima, no Japão.
Da receção que “Entre Sombras” tem tido, em Portugal e no estrangeiro, o que mais surpreendeu as autoras do filme “foram os prémios do público”. “Mais do que o ‘Amélia & Duarte’ [o primeiro filme que fizeram juntas, de 2015], tem apelado muito ao público, tem comunicado muito com ele”, contou Mónica Santos.
Alice Eça Guimarães reforça que, “em geral, o público tem gostado muito, o que é sempre gratificante. No fim da sessão vêm falar connosco, fazem algumas perguntas e elogiam. Os prémios sabemos que são uma coisa um pouco aleatória, mas tem-nos corrido muito bem”, referiu.
Alice e Mónica, ambas de 38 anos, conheceram-se no curso superior de Som e Imagem da Universidade Católica, no Porto. Depois do curso, seguiram caminhos diferentes e “mais ou menos dez anos depois” voltaram a encontrar-se “com a ideia para fazer o primeiro filme”.