Última hora

Presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal fica em prisão preventiva

25 Outubro 2018
Presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal fica em prisão preventiva
Local
0

Melchior Moreira, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, um dos cinco suspeitos na alegada viciação de procedimentos de contratação pública, vai ficar em prisão preventiva, disse hoje um advogado do processo.
Dos restantes quatro arguidos, Isabel Castro, diretora operacional do Turismo do Porto e Norte de Portugal, ficou suspensa de funções e com proibição de contactos e Gabriela Escobar, jurista daquela entidade, ficou sujeita a proibição de contactos, referiu Filipe Santos Marques.
A Manuela Couto, administradora da W Global Communication (antiga Mediana), foi aplicada proibição de contactos e uma caução económica de 40 mil euros, enquanto José Agostinho, da firma Tomi World, de Viseu, ficou sujeito a proibição de contactos e a uma caução económica de 50 mil euros, acrescentou.
Os interrogatórios no Tribunal de Instrução Criminal do Porto começaram na sexta feira e prolongaram-se até segunda feira, tendo esta terça feira sido feita a promoção das medidas de coação pelo Ministério Público e a oposição pelos advogados e, hoje, dadas a conhecer as medidas de coação.
As cinco pessoas foram detidas pela Polícia Judiciária na quinta feira passada, na operação com o nome de código Éter, que incluiu buscas em entidades públicas e sedes de empresas.
À saída do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, Filipe Santos Marques, advogado de José Agostinho, disse aos jornalistas que “em princípio” vai recorrer das medidas de coação aplicadas.
Já questionado sobre a detenção do empresário, o advogado considerou-a “injusta”, acrescentando que uma detenção é sempre injusta quando não se justifica.
Com a mesma opinião, o advogado da jurista Gabriela Escobar, Pedro Meira, classificou a detenção como “exagerada e descabida” porque ficou apenas sujeita a proibição de contactos. “É tão criminosa que amanhã [sexta-feira] regressa ao trabalho”, frisou.
Os advogados dos restantes arguidos, inclusive o do Melchior Moreira, recusaram prestar declarações.
Em causa estarão ajustes diretos realizados nos últimos dois a três anos que terão levado ao desvio de mais de 7 milhões de euros em apenas dois anos dos cofres do Turismo do Porto e Norte de Portugal.