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Festival de Artes Performativas Circular está de regresso a Vila do Conde

21 Setembro 2018
Festival de Artes Performativas Circular está de regresso a Vila do Conde
Cultura
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A 14.ª edição do Festival de Artes Performativas Circular vai reunir, de 22 a 29 de setembro, em Vila do Conde, propostas de artistas portugueses e estrangeiros, que cruzam os universos da dança contemporânea, da performance, da música e do pensamento.
Este ano, o Circular associa-se a novos projectos, através de co-produções e encomendas, que vão ser apresentados em estreia absoluta e nacional.
Durante uma semana, o público é convidado a participar na fruição e reflexão em torno das artes performativas, a partir de uma pluralidade de discursos e visões sobre a contemporaneidade.
O programa deste ano inclui: “Cinco Filmes e uma Máscara” de Ricardo Jacinto (Portugal), “ad noctum” de Christian Rizzo / ICI – CNC Montpellier (França), lançamento de disco de João Pais Filipe (Portugal), “Modos de Usar” de Joclécio Azevedo com Isabel Costa (Brasil/Portugal), “Do you remember that time we were together and danced this or that dance?” de Clara Amaral (Portugal), “Onde está o casaco?” de Ana Jotta, Cyriaque Villemaux e João dos Santos Martins (Portugal/França), “Auto-retrato (para tempo, multipercussão, luz, electrónica e performer)” de João Tiago Dias/José Alberto Gomes, “Deixa Arder” de Marcela Levi e Lucía Russo (Brasil/Argentina). O programa fica completo com o Encontro-Debate “Dos Suicidados – O Vício de Humilhar a Imortalidade” com a participação de Joana von Mayer Trindade & Hugo Calhim Cristovão + Celeste Natário, Cláudia Marisa, Ezequiel Santos e Sofia Vilar, e a “Aula Aberta” com o compositor José Alberto Gomes e o percussionista João Tiago Dias.
Devido à incerteza de financiamento por parte da Direção Geral das Artes, “foi um desafio” pôr de pé o festival deste ano, salientou Paulo Vasques, diretor artístico do Circular, frisando que, apesar dos constrangimentos, o programa da 14.ª edição do Circular “cumpre os objetivos a que se propõe”, mantendo “o compromisso com a cidade, com a Câmara Municipal, e com o objetivo central de apoiar a criação contemporânea e experimental nas áreas da dança, música e performance”.
Com um orçamento de 50 mil euros, a 14.ª edição do Circular vai apresentar propostas em diversas áreas e formatos artísticos que se vão realizar em diferentes espaços de Vila do Conde, na sua maioria com entrada gratuita. Os espectáculos vão ter lugar no Teatro Municipal de Vila do Conde, no Auditório Municipal de Vila do Conde, na Galeria de Arte Cinemática Solar, na Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde e no Conservatório de Música de Vila do Conde.
Os responsáveis do Festival de Artes Performativas Circular admitiram que a organização da edição deste ano “foi um episódio anómalo no histórico do Circular, porque nunca tinha ficado de fora do apoio da Direcção-Geral das Artes. Felizmente a situação resolveu-se, mas acabou por proporcionar um atraso na nossa actividade, e tornar a organização um desafio”, explicou Paulo Vasques, um dos directores artísticos do Circular.
A realização do evento, que reúne propostas de artistas portugueses e internacionais nas áreas da dança contemporânea, performance, música e pensamento, chegou a estar em risco, mas acabou por ter apoio garantido no final do Maio, embora provocando contingências à organização.