PJ detêm oito indivíduos por lavagem de dinheiro em Vila do Conde

Economia

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A Polícia Judiciária informou que deteve sete indivíduos de nacionalidade chinesa, da comunidade instalada na Zona Industrial da Varziela, em Vila do Conde, e um português, “por indício da prática dos crimes de associação criminosa, fraude fiscal e branqueamento de capitais”.
As autoridades policiais ficaram em alerta ao tomarem conhecimento de que os chineses eram exportadores massivos de dinheiro para a China e outros países e que o Casino da Póvoa era usado no esquema.
A investigação aos suspeitos começou há um ano e meio e, além da Polícia Judiciária, a Autoridade Tributária e Aduaneira também participou e confirmou “a disparidade entre a contabilidade nas empresas dos envolvidos e os movimentos financeiros que a polícia detetou”.
“A Polícia Judiciária verificou sinais exteriores de riqueza incompatíveis com os rendimentos declarados e encontrou ramificações do esquema até Espanha”, país para onde viajavam com frequência e nas buscam ontem efetuadas foi, ainda, apreendida uma viatura de matricula espanhola.
“Os montantes da fraude fiscal ainda não estão apurados, mas, rondam as várias centenas de milhares de euros”, mas “a principal dúvida da Polícia Judiciária prende-se com a verdadeira origem dos fluxos monetários, alegadamente movimentados para o estrangeiro, uma vez que, nem a actividade comercial nem o jogo serão explicação para tanto dinheiro detetado pelas autoridades”.
“Além dos sete indivíduos de nacionalidade chinesa suspeitos de associação criminosa, fraude fiscal e branqueamento de capitais, foi detido também um empresário português”, mas ficaram por deter mais alguns suspeitos, tidos como importantes na organização, que já não estarão em Portugal.
Os oito detidos pela Polícia Judiciária passaram a noite na prisão no Porto e vão ser hoje interrogados por um juiz de instrução criminal para a aplicação das medidas de coação.
Na operação de ontem, na Zona Industrial da Varziela, em Vila do Conde, que contou com a colaboração do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, as autoridades detiveram mais duas por posse de documentação falsa, duas por entrada e permanência ilegal no país e uma por posse de arma proibida.