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Mais um ano que passa, mais um ano que se envelhece!

1 Fevereiro 2017
Mais um ano que passa, mais um ano que se envelhece!
Opinião
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Estamos no início de um novo ano! Geralmente nesta altura faz-se o balanço do ano que passou e projeta-se o ano que entra. Nos votos de feliz ano novo, deseja-se saúde, paz, alegria, prosperidade,… mas significa, inevitavelmente, mais um ano na caminhada de vida e como diz o ditado “não se vai para novo”. Assim, decidi este mês escrever sobre o envelhecimento. O envelhecimento tem que ser visto numa perspetiva positiva, mas também implica a consciencialização do que é envelhecer, para que cada pessoa e cada família se vá preparando para esta fase de vida.
Assim, o envelhecimento não deve ser visto como uma consequência negativa para a pessoa e para a comunidade, devendo antes ser visto e promovido como uma experiência positiva. Para tal, uma vida longa deve ser acompanhada de oportunidades contínuas de saúde e de participação na comunidade. Desta forma, a Organização Mundial de Saúde defende o “envelhecimento ativo”. Este conceito tem por princípio permitir que os idosos permaneçam integrados e motivados na vida laboral e social. Os idosos não devem ser excluídos das sociedades, mas antes integrados como parte das mesmas e as suas experiências e saberes podem e devem ser aproveitados pela comunidade em prol da mesma.
Desta forma podemos concluir que o envelhecimento ativo tem como objetivo aumentar a expectativa de vida saudável assim como a qualidade de vida. Este objetivo não só se destina a todas as pessoas que estão a envelhecer como também as que se encontram frágeis, com incapacidades físicas e/ou que necessitam de cuidados. O cuidado com os idosos exige uma abordagem global, interdisciplinar e multiprofissional a fim de favorecer a interação dos fatores físicos, psicológicos e sociais. O ambiente em que a pessoa idosa esta inserida também tem grande influência na sua saúde em geral.
Concluo com este pensamento: “…viver mais tempo implica envelhecer. Maior longevidade não é um fatalismo ou uma ameaça. É uma vitória da humanidade e uma oportunidade de potenciar o «património imaterial» que significa o contributo das pessoas mais velhas”.

Ana Sofia Portela