Os Delfins estão preocupados com a falta de nadadores salvadores

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Os Delfins, Associação de Nadadores Salvadores de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, estão preocupados com a segurança das praias na próxima época balnear, uma vez que quase não têm inscritos para os cursos de nadador salvador.
Para assegurar a vigilância em todas as praias de Vila do Conde e Póvoa de Varzim são precisos cerca “150 profissionais e atualmente apenas 12 estão aptos e disponíveis para exercer a função e há, ainda, 43 que podem pedir a reciclagem do cartão de nadador salvador”. De resto, “todos os que pretendam assegurar a vigilância nas praias das duas cidades têm de fazer a formação de nadador salvador”, defende Carlos Ferreira, presidente dos Delfins.
A associação aponta o aumento, para mais do dobro, do preço dos cursos, agora a cargo de entidades privadas, de 150 para 325 euros, “o que é incomportável para muitos dos interessados, nomeadamente os mais jovens”.
O presidente dos Delfins salienta que os cursos, além de mais caros, são maiores e mais exigentes, pois “o curso passou para 150h e é muito mais exigente. Inclui 2400 metros de corrida, nadar, apneia e estamos a ter dificuldades na adesão, não só pelas questões físicas, mas sobretudo económicas” e “habitualmente, as câmaras municipais de Vila do Conde e Póvoa de Varzim suportam parte dos cursos e este ano vão continuar a fazê-lo, pagando 150 euros de cada formação”.
Carlos Ferreira explicou que “há apenas 7 inscritos no curso que ainda não começou e que requer um mínimo de 15” e que normalmente dão “três cursos e um já devia ter começado, formando 60 a 70 nadadores. Este ano, mesmo que comece um daqui a duas semanas, o segundo já não vai acabar antes do início da época balnear”.
Carlos Ferreira salienta que os Delfins já fizeram “protocolos com uma entidade brasileira, no sentido de trazer nadadores salvadores daquela nacionalidade, com o objetivo de conseguirmos abrir as praias nos nossos concelhos, mas ainda não sabemos quantos nadadores nos irão disponibilizar”.