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Trabalhadores da Fábrica de Mindelo reclamam 3 milhões de euros

22 Fevereiro 2016
Trabalhadores da Fábrica de Mindelo reclamam 3 milhões de euros
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Os trabalhadores da antiga Fábrica de Mindelo reuniram em plenário, este sábado, 20 de fevereiro, pelas 14h30, no Auditório Municipal de Vila do Conde.
O motivo da reunião foram os três milhões de euros reclamados à Caixa Geral de Depósitos há sete meses, uma vez que os trabalhadores pagaram 14.500 euros para que o processo fosse apresentado em tribunal, mas, até à data, ainda não receberam quaisquer informações.
Mais de 22 anos depois do fecho da Fábrica de Mindelo, em Vila do Conde, os antigos trabalhadores ainda continuam na luta. Reclamam três milhões de euros que foram, dizem em uníssono, “indevidamente entregues à Caixa Geral de Depósitos”.
Os ex-trabalhadores da falida Fábrica de Mindelo concentraram-se, esta manhã de segunda feira, à porta do escritório do advogado que ficou de resolver o processo no qual reclamam três milhões de euros entregues à Caixa Geral de Depósitos.
O porta-voz dos trabalhadores, Fernando Gomes, garantiu que ontem à noite recebeu em sua casa os dois advogados, Ernesto Ramalho e Paulo Silva, que lhe “comunicaram que esta manhã não estariam em Vila do Conde mas, que iriam receber os trabalhadores na próxima quarta feira às 9h30”.
Fernando Gomes quer que os advogados esclareçam toda a situação aos clientes porque tem medo que o processo prescreva.
A Presidente da Câmara de Vila do Conde, Elisa Ferraz, fez questão de estar presente no plenário dos ex-trabalhadores do passado sábado. A autarca diz que “não é competência da Câmara ajuizar sobre a demora dos advogados” e, de acordo com Renata Martins, advogada da autarquia vilacondense que vem acompanhando o caso, “o processo é muito complexo e exige investigação”.
Fernando Gomes conta que os 250 trabalhadores que decidiram avançar para esta segunda fase do processo contra a Caixa Geral de Depósitos pagaram 60 euros aos advogados e, até à data, não receberam qualquer informação.
Rosa Graça tem 79 anos e trabalhou 40 anos na Mindelo e garante que, quando foi pagar, “o advogado Ernesto Ramalho prometeu ter tudo resolvido até ao final do ano de 2015”.
As antigas instalações da Fábrica de Mindelo, após vários estudos e projectos, continuam sem futuro definido.