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ESEIG vai ser transformada em duas novas escolas

11 Fevereiro 2016
ESEIG vai ser transformada em duas novas escolas
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O Conselho Geral do Instituto Politécnico do Porto (IPP) aprovou a transformação da Escola Superior de Estudos Industriais e Gestão (ESEIG) em duas novas unidades. A partir de ontem nasceram a Escola Superior de Hotelaria e Turismo e a Escola Superior de Media e Design.
O Instituto Politécnico do Porto (IPP) vai reformular a oferta formativa, passando das atuais sete para oito escolas. A reforma do IPP, cujo início de discussão data do verão de 2014, foi aprovada ontem pelo conselho geral da instituição que conta, atualmente, com mais de 18 mil alunos.
Das várias alterações sobressaem as mudanças no polo 2 do IPP, em Vila do Conte/Póvoa de Varzim, que atualmente é ocupado pela Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (ESEIG) e que será transformada em Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHT), com três licenciaturas e dois mestrados, somando-se a criação da Escola Superior de Media e Design (ESMD) com quatro licenciaturas e dois mestrados.
Questionada sobre quando vão entrar em vigor as alterações que dizem respeito à atual ESEIG, Rosário Gamboa, Presidente do Instituto Politécnico do Porto, não adiantou prazos nem datas, avançando apenas que “quando a nova visão arrancar o IPP manterá o mesmo número de vagas e de oferta”.
Em sentido inverso, alguns cursos que atualmente estão no polo de Vila do Conde/Póvoa de Varzim, nomeadamente os relacionados com a área de engenharia, vão passar para o Porto para integrar o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).
Já o curso de Recursos Humanos, bem como o de Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação, vão integrar o Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP).
No total, contando com o curso de engenharia mecânica cuja transferência para o Porto foi feita no último ano letivo, serão cinco as licenciaturas alvo de transição no que se refere às alterações do polo 2 que ainda inclui mudanças de formações/disciplinas atualmente ministradas no ISCAP e na Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE).
Rosário Gamboa diz que esta reestruturação “teve e terá muito em conta a participação e opinião dos alunos”.
A presidente do IPP afirma que as transições poderão ser feitas por etapas e “sempre com comissões de transição” associadas ao processo, “não existindo um figurino único” em relação à forma como cada curso ou área será reestruturado.
A ESEIG tem, nos dias de hoje, cursos de Contabilidade, Engenharia e Gestão Industrial, Engenharia Biomédica, Hotelaria, Ciências e Tecnologia da Informação e Documentação, Recursos Humanos, Design e Tecnologias e Sistemas de Informação para a Web.
Esta mudança está a causar algum mau estar na ESEIG e Joel Fernandes, professor com assento no conselho técnico-cientifico da Escola considerou mesmo, em declarações ao jornal Público, que as alterações podem “comprometer o apoio a microempresas da região”. O docente de Gestão, Contabilidade e Economia disse ao mesmo jornal que o IPP quer acabar com a “marca estratégia da ESEIG”, que já tem 26 anos, indo “ao arrepio das proclamações políticas que todos os dias se ouvem e que apontam para que Portugal volte aos bens transacionáveis”.