Última hora

Elisa Ferraz disponível para a recandidatura

15 Dezembro 2015
Elisa Ferraz disponível para a recandidatura
Política
0

Eleita pelo Partido Socialista há dois anos, Elisa Ferraz, vai a meio do mandato autárquico e revelou que está disposta a continuar a trabalhar, pois considera “que o período de um mandato é curto para a ultimação de alguns dos projetos que gostaria de ver realizados”, mas realça que o seu eventual futuro político “depende dos órgãos dirigentes do Partido Socialista” e da avaliação da população vilacondense ao seu trabalho.
Por ocasião dos dois anos de gestão autárquica, o Renovação entrevistou a Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Elisa Ferraz.

2 anos de mandato, qual o seu balanço?

Nesta primeira metade do mandato, considero que o Executivo Municipal tem desenvolvido um bom trabalho em prol de todo o concelho. Procuramos ir de encontro às expectativas e aos interesses dos vilacondenses nas múltiplas áreas de atuação municipal, também dotar as Juntas de Freguesia e as Associações/instituições dos meios indispensáveis para servir as populações, e ainda praticar uma política de boas contas municipais, com rigor orçamental e cumprimento de compromissos a pronto.

18 anos ao serviço de Vila do Conde, em diversas funções e cargos. Qual o que a motivou mais?

Cumpri todos os cargos anteriores com total empenho e entrega à causa pública. Ser Presidente é efetivamente um privilégio, ao mesmo tempo motivador e exigente, em todas as vertentes das competências legalmente consignadas, mas continuo a sentir os desafios da Educação e da Ação Social como fundamentais, sobretudo pelo que significam em termos de futuro, de estruturação social, de partilha e de justiça social.

Qual o seu cunho pessoal na gesto autárquica que exerce?

Cada qual tem o seu modo próprio de desenvolver as tarefas que lhe estão incumbidas e isso acontece obviamente comigo. Procuro sempre agir de acordo com os meus princípios e convicções, e tomando como referência o superior interesse dos vilacondenses.

O que pretende concretizar em Vila do Conde nos próximos 2 anos?

Em termos muito gerais, começo por vincar a intenção de continuar a apoiar as freguesias e o movimento associativo e institucional, em simultâneo com o rigor orçamental que temos levado a efeito. Depois, prosseguir os planos de obras que estão estabelecidos, que têm sobretudo em conta o objetivo de ir ao encontro do bem-estar das populações, tanto na cidade, como em cada uma das freguesias, sem esquecer as intervenções avultadas no parque escolar concelhio e nos diversos núcleos de habitação social. Finalmente, prosseguir com ações coletivas de grande impacto e potenciadores da desejável agregação dos vilacondenses, como é o caso das apostas na maior renda de bilros do mundo, da reanimação das festas de S. João, do reforço significativo da programação de Natal e do projeto “Um porto para o Mundo”, que visa a inscrição de Vila do Conde e da nossa construção naval na lista da UNESCO de Património Imaterial da Humanidade.

É oficial que a dívida da autarquia baixou no seu mandato. Sendo que o I.M.I. teve um aumento substancial, porque não ter baixado o mesmo em mais que 10%?

Na verdade, a dívida baixou, e basta, para tal, atentar-se no anuário das autarquias locais, publicado em novembro passado, onde, de entre muitos indicadores nele analisados, constata-se que Vila do Conde foi, a nível nacional, o município com a maior redução de dívida junto dos seus fornecedores. Já no que concerne ao IMI, foi opção do Executivo provocar uma redução em 10% a todos os vilacondenses, em vez da aplicação do chamado IMI familiar que, após estudos técnicos realizados pelos serviços municipais, teriam um impacto 5 vezes inferior à opção por nós tomada. Registe-se que, já na liquidação de 2016 (relativa ao ano de 2015), os vilacondenses vão já beneficiar da redução anunciada.

Vila do Conde é cada vez mais uma cidade dormitório. Qual a estratégia da autarquia vilacondense para fixar mais pessoas no concelho?

Vila do Conde é um concelho que tem conseguido fixar as pessoas. Claro que existem os conhecidos problemas demográficos e também a deslocalização dos empregos, a par da indesejável emigração, sobretudo dos jovens, mas trata-se claramente de problemas que atingem todos os municípios.

Quais os projetos que a Câmara Municipal de Vila do Conde tem em estudo e/ou plano para resolver os problemas de acessibilidade à sede do concelho?

Este é um assunto de reconhecida relevância e, que ao longo dos anos, tem suscitado diversas análises e apreciações. Falando apenas da rede viária, podemos dizer que as condições de acesso à cidade melhoraram significativamente, mas deve igualmente referir-se que há ainda insuficiências por resolver, nomeadamente as que se relacionam com melhores soluções para o acréscimo de tráfego automóvel, muito em particular aos fins-de-semana e feriados, nos dias de feira e no período de verão. Dentro das nossas competências, tudo temos feito para melhorar as acessibilidades, como aconteceu, por exemplo, com a nova ponte de Retorta, mas, ao mesmo tempo que continuamos a desenvolver estes esforços, também não deixaremos de pressionar o Governo para a concretização das soluções que estão sinalizadas e que todos desejamos ver concretizadas. Realço ainda que esta avaliação é um trabalho feito em parceria com as Juntas de Freguesia, sendo elas próprias, e após análise conjunta no local, a indicar as melhores soluções.

Já manifestou publicamente disponibilidade para concorrer a um segundo mandato. Com que apoio espera contar?

Tenho-me empenhado totalmente no cumprimento da minha missão e na concretização de medidas que vão de encontro aos anseios dos vilacondenses, sendo reconhecido que o período de um mandato é curto para a ultimação de alguns dos projetos que gostaria de ver realizados. Continuo com a mesma força e entusiamo de sempre, estando disponível, por isso, para um segundo mandato. É uma análise que terá de ser feita na altura própria e cuja decisão depende, não só de mim, mas também dos órgãos dirigentes do Partido Socialista e, claro, dos meus concidadãos vilacondenses. Vamos esperar.