A Assembleia Municipal de Vila do Conde reuniu-se na passada quarta feira, 29 de setembro, para debater 21 pontos relativos à cidade e freguesias.
Um dos momentos altos da Assembleia Municipal de Vila do Conde de ontem foi o destino a dar ao Mosteiro de Santa Clara.
A discussão andou em torno do futuro do edifício e da sua futura utilização. Há quem defenda que no Mosteiro de Santa Clara se deva instalar um empreendimento hoteleiro e há quem acredite que o mesmo pode albergar um tribunal criminal de 2.ª instância.
Elisa Ferraz, presidente da Câmara Municipal, diz que recebeu “a garantia da inclusão do Mosteiro no projeto “Revive”, apoiado por fundos europeus, para o investimento privado no ramo da hotelaria”, mas o PS não tinha essa informação e a oposição também a desconhecia.
O projeto “Revive” é uma iniciativa conjunta dos Ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, que abre o património ao investimento privado para desenvolvimento de projetos turísticos. O Governo vai lançar 30 concursos públicos para o desenvolvimento de projetos turísticos em 30 imóveis do Estado sem utilização e nesta primeira fase são divulgados 11 imóveis, onde não está incluído o Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde.
Convento de São Paulo, Elvas, Fortaleza de Peniche, Mosteiro de Arouca, Pavilhões do Parque D.Carlos I, Caldas da Rainha, Forte do Guincho, Cascais, Castelo de Vila Nova de Cerveira, Mosteiro de São Salvador de Travanca, Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, Coimbra, Paço Real de Caxias, Castelo de Portalegre, Quinta do Paço de Valverde, Évora, são os 11 imóveis do Estado inseridos no projeto “Revive”.
“O Ministro do Turismo garantiu à Câmara Municipal de Vila do Conde que o Mosteiro de Santa Clara vai entrar no projeto “Revive”, mas ainda não são conhecidos potenciais investidores, nem projetos concretos para o edifício” salientou Elisa Ferraz.
Luís Vilela, do PSD, diz que “até aceita qualquer solução, não quer é o Mosteiro abandonado”.
Afonso Ferreira, do CDS, sublinha que “as confusões que existem nesta matéria só podem ser incompetência”.
Pedro Martins, da CDU, compreende “a dificuldade de encontrar uma solução para um espaço tão grande como o Mosteiro, mas esperava, no mínimo, projetos concretos”.