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Marcelo Rebelo de Sousa aguarda indicação do Governo para visitar bairros onde houve conflitos

29 Outubro 2024
Marcelo Rebelo de Sousa aguarda indicação do Governo para visitar bairros onde houve conflitos
Política
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje aguardar pela evolução das reuniões do Governo com os representantes dos bairros onde houve tumultos para agendar uma visita a esses locais.
Em declarações à margem do encerramento do 2.º Congresso Portugal Empresarial, na Exponor, em Leça da Palmeira, Matosinhos, o chefe de Estado disse manter a intenção de visitar os bairros.
Em causa está a reunião convocada pelo Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, na sequência dos incidentes desencadeados em vários bairros da Área Metropolitana de Lisboa (AML) após a morte de Odair Moniz, baleado por um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP), no dia 21, em circunstâncias ainda por esclarecer.
“Eu esperava que o Governo fizesse o que está a começar a fazer (…) e na medida em que corra bem o que está hoje a iniciar-se, isso dá um espaço adicional ao Presidente para, nos próximos dias ou nas próximas semanas, concertado com o Governo, visitar esses municípios”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
Questionado sobre a importância do bom senso no diálogo que hoje começou promovido pelo Governo, o Presidente da República assinalou que os portugueses “não o querem apenas no Orçamento de Estado (OE), mas também na estabilidade social, na estabilidade financeira e económica e também política, o que significa que tudo o que seja encontrar formas de diálogo, de concertação, de resolução pacífica dos problemas, é mil vezes preferível a haver focos maiores ou menores de violência verbal e física”.
Na mesma linha de pensamento abordou as mais-valias de haver estabilidade política, sublinhando que “desde o momento em que ficou claro que o orçamento ia ser viabilizado, [isso tornou-se] num fator enorme de estabilidade política”.
“Porque permite olhar para 2025 sabendo que há eleições locais [autárquicas] e está fora de causa haver outro tipo de eleições e depois em 2026 haverá eleições presidenciais”. sustentou.
“E haver esses calendários certinhos num contexto que é previsível nem imaginam como isso é importante para a economia, para os agentes económicos, para os agentes de dotação financeira, para a maneira como se vê Portugal fora”, concluiu o chefe de Estado.