Penafiel é uma cidade portuguesa no Distrito do Porto, região Norte e sub-região do Tâmega, com cerca de 15 711 habitantes. É sede de um município com 212,24 km² de área e 72 265 habitantes, subdividido em 28 freguesias. O município é limitado a norte por Lousada, a nordeste por Amarante, a leste por Marco de Canaveses, a sul por Castelo de Paiva e a oeste por Gondomar e Paredes.
Penafiel está no topo e nas encostas da pequena colina da Arrifana, entre o rio Sousa e o rio Cavalum, afluentes do lado direito do rio Douro. Penafiel foi, em tempos, diocese e, actualmente, permanece como um dos principais eixos urbanos da região de Vale do Sousa e Tâmega. Esta cidade fica situada a 30 quilómetros a leste da cidade do Porto. É a segunda cidade mais antiga do norte do país.
Até ao reinado de D. José I, era conhecida como Arrifana de Sousa. Por carta régia de 3 de Março de 1770, viu a sua designação alterada para Penafiel e ser elevada a cidade.
As 28 freguesias do concelho são, na sua grande maioria, bastante industrializadas.
A origem do nome Penafiel é diferente em diversas lendas, sendo, no entanto, a mais comum a que afirma que a origem do nome surgiu de fortificações existentes na localidade. Quando se deu a fundação da cidade, ergueram-se dois castelos: um deles situava-se junto ao rio Sousa, a norte do seu leito, e chamava-se Castelo de Aguiar de Sousa; o segundo na margem sul denominava-se castelo da Pena Pennafidelis. Atacado diversas vezes pelos mouros, esta última fortificação nunca se rendeu, o que lhe valeu o epíteto de “fiel” passando assim a ser conhecido por Castelo de Penafiel. Apesar deste episódio, a povoação manteve, durante séculos, a sua antiga designação: Arrifana de Sousa.
O início da paróquia de Arrifana de Sousa data do século XVI. No mesmo século, no ano de 1519, o rei Manuel I de Portugal concede-lhe carta de foral, sem, contudo, a elevar a Vila, o que só viria a acontecer, apenas, no reinado de João V de Portugal, por decreto de 7 de Outubro de 1741.
Uma lei do rei José I de Portugal, datada de 3 de Março de 1770, altera, finalmente, o topónimo da localidade para Penafiel e confere-lhe a categoria de cidade.
Ainda em 1770, é criada uma bula do Papa Clemente XIV, que criou a diocese de Penafiel, e foi, assim, separada eclesiasticamente da diocese do Porto. Foi nomeado bispo o carmelita Dom Frei Inácio de São Caetano, confessor de Maria I de Portugal, que na altura era, ainda, princesa do Brasil. Por se encontrar junto da futura rainha o bispo nunca chegou a administrar a diocese. D. Maria I quando foi eleita rainha convenceu o Frei a renunciar ao bispado e em 1778 o Papa Pio VI extingue a diocese, incorporando-a de novo na do Porto. Este município integra a Rota do Românico do Vale do Sousa.
Da cultura megalítica, resta, na freguesia de Santa Marta, o Dólmen da Portela também conhecido por “Forno dos Mouros”. Monumento do mesmo período é o Menir de Luzim, marco sepulcral com dois metros e meio de altura que tem cerca três mil a quatro mil anos. Ainda na freguesia de Luzim, encontram-se as Gravuras rupestres de Lomar, que perduram desde há três mil anos. Em vários locais do concelho existem sepulturas antropomórficas, como em Perozelo e Cabeça Santa. Abundam, ainda, vários castros, mas ainda sem nenhum estudo arqueológico efectuado. O único onde têm vindo a ser efectuadas escavações arqueológicas e que é o maior de todos, é a Citânia do Monte Mozinho, conhecida por “cidade morta”. Este castro, um dos mais extensos da Península Ibérica, terá sido, de acordo com alguns historiadores, a “Cividade Gallaeci”, a capital dos galegos. A citânia conserva vestígios de várias culturas: galaico-lusitana, romana, visigótica e árabe. Nela foi ainda encontrada uma estátua de guerreiro, característica da influência céltica.
Destacam-se, dos monumentos da cidade de Penafiel, a Igreja Matriz de Penafiel, classificada como monumento nacional, em que se sobressai a capela-mor gótica da primitiva igreja do Espírito Santo. Na igreja do Espírito Santo foi estabelecida, em 1540 a confraria do Santíssimo Sacramento, sendo a então Arrifana a primeira localidade, depois de Roma, a ter uma confraria desta invocação.
Penafiel não ficou preso ao passado histórico, industrializou-se e reinventou-se.
Grande parte da estrutura económica do concelho concentra-se no sector secundário, com particular destaque para as áreas da construção civil, indústria transformadora e produção têxtil.
O sector agro-alimentar e a vitivinicultura são, por tradição, das áreas importantes do tecido empresarial local. Entre produtores vinícolas, destaca-se a Quinta da Aveleda, que, anualmente, exporta cerca de 19 milhões de euros, assumindo-se, assim, como o maior exportador de vinho verde do país.