Baião é uma vila portuguesa no Distrito do Porto, da região Norte e sub-região do Tâmega, com cerca de 3 200 habitantes. É sede de um município com 174,53 km² de área e 20 522 habitantes (Censos 2011), subdividido em 14 freguesias. O município é limitado a norte por Amarante, a leste pelo Peso da Régua e por Mesão Frio, a sul por Resende e Cinfães e a oeste pelo Marco de Canaveses.
Na passagem da Alta para a Baixa Idade Média, dá-se a formação da Terra de Baião, que era dominada por um castelo: o Castelo de Matos (de fundação Sueva), antigo Castelo de Penalva. A Terra de Baião é a origem da família nobre dos Baiões, descendentes de D. Arnaldo (trisavô de Egas Moniz, aio de D. Afonso Henriques), um guerreiro que veio combater os Mouros na península Ibérica, por volta de 985. As terras de Baião foram-lhe concedidas como prémio pela sua bravura, pelo rei de Castela. Alguns historiadores pensam que D. Arnaldo seria um guerreiro alemão que perdeu o seu ducado numa guerra; outros, que seria um cavaleiro de Bayonne, filho de um rei de Itália e neto de um rei de França, e que seria essa a origem do nome de Baião. O seu filho D. Gozende Arnaldo (ou Arnaldes) de Bayão deu o seu nome à povoação de Gozende, Gove, Baião. As armas do concelho são as mesmas da família Cabral, que aqui possuiu a Torre de Campelo, um solar-torre brasonado, fundado por Jorge Dias Cabral, irmão de Pedro Álvares Cabral. A Torre de Campelo foi expropriada e demolida em 1927 pela Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Baião.
D. João I deu as terras de Baião a um parente do Condestável, D. Nuno Álvares Pereira. Tendo voltado à Coroa no tempo de D. João II, Baião recebeu o foral de D. Manuel I, em 1 de Setembro de 1513.
Já no século XX, a serra da Aboboreira foi lugar de várias aparições marianas (a um pastor local), facto que originou a construção da Capela de Nossa Senhora da Guia, ermida aonde acorrem muitos peregrinos ou simples forasteiros, atraídos pela paz que nela encontram.
Embora na Serra da Aboboreira tenha sido achado «um uniface talhado num calhau rolado de xisto» do Paleolítico Inferior (cerca de 30000 a.C.), terá sido no V ou IV milénio a.C. (de 5000 a 4500 a.C, no Neolítico) que surgiram os primeiros povoados, em plataformas próximas de linhas de água. Os estudos arqueológicos que têm vindo a ser realizados nas serras da Aboboreira e do Castelo, desde 1978, revelaram, já, a existência de uma vasta necrópole megalítica, das maiores que actualmente se conhecem em território português, com cerca de 4 dezenas de mamoas identificadas. As origens culturais deste concelho devem-se à passagem e fixação de vagas migratórias, vindas do sul da Alemanha (da região de Hallstat).Castros, menires e outros achados arqueológicos mostram que esta foi uma região de domínio Celta. A cultura Celta permaneceu sempre neste enclave do Marão e ainda hoje se sente a sua presença.