O Ministério Público (MP) acusou 48 pessoas, pertencentes a células criminosas que atuavam de modo cooperativo no Grande Porto, de narcotráfico.
De acordo com a acusação, um dos pontos de venda de todo o tipo de droga, no Bairro do Viso, no Porto, rendeu quase um milhão de euros num mês.
A investigação da Polícia de Segurança Pública (PSP) e a acusação do Ministério Público (MP) revelam a existência de nove líderes que tratavam dos principais assuntos do negócio, como recrutamento, preços e métodos de venda.
Segundo o Ministério Público (MP), havia cédulas em Gondomar, passando pelo Porto e Matosinhos, em bairros como Fonte da Moura e Pasteleira.
A investigação destaca a banca de droga no Bairro do Viso, ligada a 22 arguidos, como uma das mais relevantes. O posto de venda, num prédio de dois andares na Rua Central, funcionava diariamente como uma loja normal. A droga vendida era diversa, incluindo haxixe e canábis, mas também heroína e cocaína.
Vários dos arguidos estão, ainda, acusados de outros crimes, como associação criminosa.
Em julho do ano passado, a Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve 30 pessoas num só dia no Grande Porto durante uma megaoperação contra o narcotráfico.
Uma das buscas, na altura, ocorreu numa habitação precisamente em frente à esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) do Bairro do Viso, no Porto.
A megaoperação antidroga, descrita como “de grande envergadura”, com o envolvimento de quase 400 operacionais em detenções e buscas na cidade do Porto e concelhos periféricos, realizou mais de seis dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias, num “conjunto vasto” de locais do Grande Porto, especificamente nos Bairros do Viso, Pasteleira e Fonte da Moura, na cidade do Porto, e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia, informou na altura o comandante da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP do Porto.
Em comunicado, o Comando Metropolitano do Porto da Polícia de Segurança Pública (PSP) referiu que essa operação visou “um conjunto alargado de indivíduos que de forma organizada se dedicavam ao tráfico de estupefacientes na área do Grande Porto”.