O Ministério Público (MP) anunciou esta quarta feira a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto de Legionella que tem afetado os concelhos de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Matosinhos, no distrito do Porto.
O surto, com origem que continua desconhecida, já causou, desde 30 de outubro, sete mortes em 67 casos diagnosticados, algo que o Ministério Público (MP) considera ser necessário investigar, num inquérito que corre termos em Matosinhos.
“O Ministério Público no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] da Procuradoria da República do Porto instaurou inquérito destinado a investigar as causas do surto de Legionella sucedido em concelhos do distrito do Porto, nomeadamente em Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, tendo em conta as várias mortes já noticiadas como tendo nele a sua origem”, pode ler-se na página do organismo na internet.
O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, também adiantou que estão a ser feitas análises em diversos locais da região, para tentar determinar o foco da doença.
Esta quarta feira, em Matosinhos, registou-se mais um óbito devido a complicações relacionadas com a Legionella, elevando para sete número de mortes, confirmou fonte da Administração Regional de Saúde no Norte (ARS-N).
A mesma fonte informou que devido à doença estão internadas 40 pessoas, distribuídas pelos hospitais Pedro Hispano, em Matosinhos, São João, no Porto, e no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde.
A doença do legionário é uma forma de pneumonia grave, provocada pela bactéria ‘Legionella Pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares, que, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo.