Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto apelou hoje à população que cumpra novas regras no manuseamento do lixo doméstico no caso de existirem pessoas infetadas com o novo coronavírus em casa.
A entidade responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos urbanos produzidos pelos municípios associados – Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde – refere que, no caso de pessoas na família infetadas ou em vigilância, “todos os resíduos produzidos pelo(s) doente(s) e por quem lhe(s) prestar assistência devem ser colocados em sacos de lixo resistentes e descartáveis, com enchimento até dois terços da sua capacidade, em vez de os encher totalmente”.
De acordo com as recomendações da Lipor, os sacos devidamente fechados devem ser colocados dentro de um segundo saco, devidamente fechado, e ser depositado no contentor do lixo comum.
“Os sacos devem ser sempre colocados dentro do contentor do lixo comum, não deixe o saco no chão. Se estiver cheio, coloque no contentor mais próximo do lixo comum ou neste, quando estiver disponível”, refere em comunicado.
Salienta ainda que, “caso não tenha em sua casa, pessoas infetadas ou em vigilância, deverá manter os procedimentos de deposição habituais, separando devidamente os seus resíduos e depositando-os no local habitual”.
“A exceção deve acontecer para os resíduos das luvas, máscaras e lenços de papel, que devem ser sempre colocados no contentor do lixo comum”, sublinha.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou o estado de emergência na passada quarta feira – aprovado pelo parlamento, depois de parecer favorável do executivo – que prevê a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo dos cidadãos em casa e restrições à circulação na via pública, a não ser que seja justificada.
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o novo coronavírus como um “inimigo da Humanidade”, detetado inicialmente na cidade de Wuhan, na República Popular da China, em dezembro de 2019.
“Este coronavírus representa uma ameaça sem precedentes. Mas também é uma ocasião sem precedentes para unirmo-nos contra um inimigo comum, um inimigo da Humanidade”, declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa videoconferência a partir de Genebra, na Suíça.