O Rio Ave regressou este sábado às vitórias na I Liga Portuguesa de Futebol sete jornadas depois, ao impor-se com felicidade na visita ao Boavista (2-0), na 11.ª jornada, abrilhantando a estreia de Petit, antigo treinador ‘axadrezado’, no comando vila-condense.
No Estádio do Bessa, no Porto, o brasileiro Clayton (5 minutos) e o costa-riquenho Brandon Aguilera (76) estabeleceram diferenças a favor dos visitantes, que não tinham vencido os últimos 26 encontros fora para o campeonato, dispersos por quase 20 meses.
Brandon Aguilera marcou de cabeça o 1.000.º golo do Rio Ave em 953 jogos e 30 épocas na I Liga.
Numa semana marcada pelo anúncio de Petit como sucessor de Luís Freire, o Rio Ave interrompeu uma série de cinco derrotas longe de Vila do Conde na prova e subiu à 10.ª posição, com 12 pontos, três acima do Boavista, 14.º, que perdeu pela terceira jornada seguida em casa, onde continua sem vitórias nem golos marcados em 2024/25 e já não triunfa há nove partidas e oito meses exatos.
De regresso ao futebol português 11 meses depois do fim da segunda passagem pelo comando ‘axadrezado’, Petit trocou apenas Fábio Ronaldo por Ole Pohlmann face ao empate caseiro dos vila-condenses com o Casa Pia (2-2) e teve um início fulgurante.
Ao quinto minuto, Clayton arrancou no espaço central, aguentou a pressão de Filipe Ferreira e Rodrigo Abascal e atirou de longe, marcando pela segunda ronda seguida.
O Rio Ave quebrava uma ausência de dois meses exatos sem golos na condição de visitante na I Liga, mas cedeu imediatamente à tentação de proteger a vantagem madrugadora em bloco baixo, permitindo um crescente caudal atacante ao Boavista.
Róbert Bozeník emendou por cima um centro de Bruno Onyemaechi (nove minutos) e rematou ao lado (22), por entre uma finalização defeituosa de Gonçalo Almeida (21), substituto do suspenso Pedro Gomes face ao triunfo no terreno do Gil Vicente (2-1).
Perante os notórios problemas da equipa de Vila do Conde em impor o seu futebol e aproximar-se da baliza de César, os pupilos do italiano Cristiano Bacci insistiram num pontapé de fora da área de Miguel Reisinho, afastado por Cezary Miszta (38 minutos).
A tendência prosseguiu no regresso dos balneários, com Reisinho a atirar por cima de ângulo apertado (56 minutos), antes de o Rio Ave despertar num lance individual de Ole Pohlmann, que assistiu para um remate perto do alvo do suplente Fábio Ronaldo (60).
O Boavista tornou-se mais pressionante com o avanço do cronómetro, mas nunca se mostrou assertivo ante Miszta, que foi crucial já na última meia hora, quando bloqueou incursões sucessivas de Bozeník (66 minutos), Filipe Ferreira (67) e Abascal (68).
Ao reiterado desperdício ‘axadrezado’, os forasteiros ripostaram de forma letal aos 76 minutos, com Fábio Ronaldo a driblar Abascal na esquerda, cruzando para Aguilera concretizar de cabeça o 1.000.º golo do Rio Ave em 953 jogos e 30 épocas na I Liga.
Os ânimos exaltaram-se num ápice e precipitaram as expulsões de Sebastián Pérez, capitão do Boavista, e Amine Oudrhiri, recém-entrado na equipa agora comandada por Petit, que confirmaria sem novos sobressaltos a primeira vitória em quatro anos no Bessa.