A fábrica de calçado Sinovir, em Novais, Vila Nova de Famalicão, fechou portas, deixando cerca de 80 trabalhadores no desemprego, disse hoje fonte do Sindicato do Calçado, Malas e Afins, Componentes, Formas e Curtumes do Minho e Trás-os-Montes.
Segundo Aida Sá, do Sindicato do Calçado, Malas e Afins, Componentes, Formas e Curtumes do Minho e Trás-os-Montes, a empresa Sinovir alegou que começou a sentir dificuldades depois da pandemia de Covid-19, com consequente quebra de encomendas.
“Acabou por pedir a insolvência e fechou portas no final de setembro”, referiu Aida Sá.
A sindicalista sublinhou que a empresa “deixou tudo pago” aos trabalhadores.
“Não há nada em atraso”, apontou a fonte do Sindicato do Calçado, Malas e Afins, Componentes, Formas e Curtumes do Minho e Trás-os-Montes.
Os trabalhadores aguardam agora que lhes seja facultada a documentação necessária para poderem pedir o subsídio de desemprego.
Segundo dados da Direção-Geral da Política da Justiça (DGPJ), no Destaque Estatístico Trimestral N.º 123, de abril de 2024, no 4.º trimestre de 2023, 2.573 empresas apresentaram processos de insolvência em Portugal, tendo sido declarados insolventes 2.205 negócios. Os restantes 368 entraram em Processo Especial de Revitalização (PER).
O Diário da República (DR) diz que um Processo Especial de Revitalização (PER) “é um processo judicial de caráter urgente que tem como objetivo implementar negociações entre a empresa e os seus credores de modo a que se consiga aprovar um plano de recuperação que permita promover a revitalização da empresa, com o objetivo de que esta possa continuar a desenvolver a sua atividade”.
De acordo com os mesmos dados da Direção-Geral da Política da Justiça (DGPJ), no Destaque Estatístico Trimestral N.º 123, de abril de 2024, no 4.º trimestre de 2023, 78% dos Processos de Insolvência são de Pessoas Singulares e 22% são de Pessoas Coletivas.