A GNR do Porto apreendeu, na quarta-feira, na Trofa, cinco armas e 240 munições no âmbito de uma investigação por alegadas ameaças agravadas.
Esta força militar descreve que, dando cumprimento a um mandado de busca domiciliária, na localidade de São Martinho de Bougado, na Trofa, no distrito do Porto, foi apreendido diverso material, entre o qual armas de fogo e armas brancas.
Nesta investigação estava em causa o crime de ameaças agravadas, ocorrido em Vila do Conde, também no distrito do Porto.
Da lista de material aprendido constam uma arma de fogo, uma arma de ar comprimido, uma reprodução de arma de fogo, 240 munições e duas facas.
Os factos foram remetidos para o Tribunal Judicial de Vila do Conde.
A criminalidade em Portugal atingiu valores mais elevados dos últimos 10 anos. Os crimes registados pelas polícias portuguesas aumentaram cerca de 8% no ano passado em relação a 2022 e atingiram os valores mais elevados em 10 anos, totalizando 371.995, revelam as estatísticas da Direção-Geral de Política de Justiça (DGPJ).
O destaque estatístico anual, publicado na página da Internet da Direção-Geral de Política de Justiça (DGPJ), indica que o número de crimes registados pelas autoridades policiais em 2023 foi de 371.995, mais 28.150 do que em 2022, quando se verificaram 343.845 crimes.
As estatísticas mostram igualmente que desde 2013, quando ocorreram 376.403, que não se registavam em Portugal tantos crimes como em 2023.
Os dados indicam também que só em 2020, ano marcado por confinamentos devido à pandemia de Covid-19, é que a criminalidade ficou abaixo dos 300 mil crimes, com 298.787.
A Direção-Geral de Política de Justiça (DGPJ) avança que os crimes contra o património representaram cerca de 51,0% do total (189.657 crimes), seguidos pelos crimes contra as pessoas que corresponderam a cerca de 24,4% do total (90.840 crimes) e dos crimes contra a vida em sociedade, que representaram 11,9% do total (44.439 crimes).
Segundo aquele organismo tutelado pelo Ministério da Justiça, apenas os crimes contra animais de companhia não subiram em 2023 face a 2022, passando de 2.022 para 1.729.
O tipo de crime que mais subiu no ano passado foram os cometidos contra o Estado (mais 16,9%), que passaram de 6.559 em 2022 para 7.713 em 2023, seguido do contra a identidade cultural/integridade pessoal (mais 9,6%), que totalizaram 367, enquanto em 2022 tinham sido de 289.