Um jovem de 20 anos de idade foi detido pela PSP na madrugada desta terça-feira em Vila do Conde após sequestrar quatro pessoas dentro do próprio carro, com ameaça de arma branca, em Matosinhos.
Com um cúmplice, que conseguiu fugir, o detido obrigou uma das vítimas a entrar para a bagageira do carro, tomando o lugar do passageiro, e forçou o condutor a percorrer diversas ruas, tentando obrigar as vítimas a efetuar transferências bancárias através dos telemóveis, tendo o sequestro acabado em Vila do Conde, junto à Rotunda do Desporto, quando o veículo ficou sem combustível.
Os quatro jovens, com idades entre os 18 e os 19 anos, encontravam-se no interior do carro, na zona de Matosinhos, quando foram abordados por dois homens, que os ameaçaram com uma arma branca.
No entanto, um dos jovens sequestrados conseguiu ocultar o telemóvel e alertou familiares, informando dos locais por onde estavam a passar. A PSP foi alertada e, de imediato, montou um dispositivo para intercetar o carro.
O homem, que já tem ficha policial por diversos crimes, incluindo roubo, foi detido. O detido, de 20 anos de idade, vai agora ser presente junto das Autoridades Judiciárias, para aplicação das respetivas medidas de coação.
As medidas de coação “são medidas processuais que, condicionando a liberdade do arguido, visam garantir a contactabilidade do mesmo, a não repetição da atividade criminosa e a produção de certos efeitos processuais (p. ex., eficácia de comunicações, mesmo não pessoais).
As medidas de coação só podem ser impostas aos arguidos.
A aplicação de qualquer medida de coação deve ser proporcional e adequada à situação processual concreta.
As medidas de coação previstas na lei são: termo de identidade e residência; caução; obrigação de apresentação periódica; suspensão do exercício de funções, de profissão e de direitos; proibição de permanência, de ausência e contactos; obrigação de permanência na habitação e prisão preventiva.
Com exceção do termo de identidade e residência, as medidas de coação só podem ser aplicadas por um juiz”, pode ler-se no sítio da Internet do Ministério Público.