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Portugal viu o céu pintado de auroras boreais de Norte a Sul do País na noite desta sexta-feira

11 Maio 2024
Portugal viu o céu pintado de auroras boreais de Norte a Sul do País na noite desta sexta-feira
País
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Várias auroras boreais pintaram o céu de Portugal de várias cores na noite desta sexta-feira. E as próximas noites prometem. Mas o raro fenómeno visível em Portugal vai durar pelo menos mais esta noite.
Este fenómeno é recorrente nos círculos polares ártico e antártico, mas, desta vez, aconteceu em várias zonas de Portugal. Só há registo de haver espetáculo semelhante em Portugal em novembro passado e no ano de 1930.
Vários fotógrafos e utilizadores das redes sociais não perderam a oportunidade de captar uma imagem de uma aurora boreal. E há registos de, pelo menos, auroras boreais registadas em Viseu, Coimbra, Guarda, Portalegre, Alentejo, Miranda do Douro e Vila do Conde.
O fenómeno visto na última noite não é alarmante, perigoso, ou raro, desde que estejam reunidas as condições ideais para tal. As tempestades solares, que originam as auroras boreais, são frequentes e geralmente atingem o planeta Terra, sobretudo a norte do Hemisfério Norte ou a sul do Hemisfério Sul, aí chamadas de auroras austrais, provocando danças de luzes e cores no céu.
Em latitudes do Hemisfério Norte é conhecida como aurora boreal (nome batizado por Galileu Galilei, em 1619, em referência à deusa romana do amanhecer, Aurora, e Bóreas, deus grego, representante dos ventos nortes).
Em latitudes do Hemisfério Sul é conhecida como aurora austral, nome batizado por James Cook, numa referência direta ao facto de estar no Sul do planeta Terra.
E o que provocam as auroras boreais ou as auroras austrais? Os ventos solares que atravessam o sistema solar, carregados de eletrões e protões, colidem com o campo magnético da Terra e provocam as auroras boreais ou auroras austrais. À medida que as partículas carregadas colidem com átomos e moléculas na alta atmosfera da Terra, especialmente o oxigénio e o azoto, a energia é libertada na forma de luz visível, criando as características e cores vibrantes das auroras.
As diferentes cores estão relacionadas com os gases existentes na atmosfera: verde para oxigénio, roxo, azul ou rosa para nitrogénio. O espetáculo colorido pode variar de tons de verde, rosa, vermelho, violeta e até mesmo branco, dependendo da altitude e dos tipos de partículas envolvidas nas colisões. Essas colisões ocorrem geralmente a uma altitude de 80 a 300 quilómetros acima da superfície da Terra, em regiões próximas aos polos magnéticos.
O fenómeno não é exclusivo somente ao planeta Terra, sendo também observável em outros planetas do sistema solar como Júpiter, Saturno, Marte e Vénus. Da mesma maneira, o fenómeno não é exclusivo da natureza, sendo também reproduzível artificialmente através de explosões nucleares ou em laboratório.