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Póvoa de Varzim está entre os concelhos da Área Metropolitana do Porto para controlo de gaivotas

6 Fevereiro 2024
Póvoa de Varzim está entre os concelhos da Área Metropolitana do Porto para controlo de gaivotas
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A Área Metropolitana do Porto planeia lançar “nos próximos meses” um concurso para executar o plano de ação de controlo de gaivotas nas zonas costeiras, indicou a secretária da Comissão Executiva daquela associação de municípios.
O lançamento do concurso “decorrerá nos próximos meses porque o tempo de nidificação [das gaivotas] é em junho”, afirmou a primeira secretária da Comissão Executiva Metropolitana do Porto, Ariana Pinho, durante a Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na segunda-feira à noite.
Em causa estão os municípios de Vila Nova de Gaia, Porto, Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, que participaram no trabalho desenvolvido em 2021 e 2022 pelo consórcio Floradata e a Wedotech, com coordenação geral de Paulo Alves.
O relatório de atividade da Comissão Executiva, partilhado com os deputados, esclarece que as três entidades que apresentaram propostas no concurso foram consultadas para executar o serviço, mas que “devido ao ‘timing’ das intervenções (que não devem ser na época de reprodução das gaivotas), a contratação para o apoio na remoção dos ninhos ficou para 2024”.
“Mesmo assim, a Póvoa de Varzim contratou no início do verão de 2023 a execução de um projeto piloto para controlo das gaivotas”, refere o documento, acrescentando que os municípios costeiros e a Maia “já manifestaram interesse em nova contratação conjunta, de modo a adquirir os serviços de execução do plano”.
“Quando for iniciado o processo de contratação, os municípios devem solicitar a licença ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas] para remover os ninhos”, acrescenta.
O plano de ação estabelece que cada município desenvolva “um programa de controlo de nidificação” da gaivota-de-patas-amarelas (‘Larus Michahellis’), a espécie mais frequente, “devendo este programa ocorrer durante a época de reprodução (entre início de abril e fim de maio/início de junho)”.
O programa “pode incluir a remoção de ninhos, e/ou remoção e/ou inviabilização de ovos”, deixando-os no ninho, permitindo uma “comparação de facilidade de implementação de cada método e comparação de resultados no curto e médio prazo”.
O plano de ação defende ainda a preparação ou revisão de manuais de boas práticas para os principais locais de alimentação das gaivotas – como lotas, restaurantes, barcos ou aterros – uma correta gestão de resíduos orgânicos e de não alimentação dos animais, através da sensibilização da população.