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LABS.Maia permitiu a 25 mil alunos experiências científicas nas áreas da Biologia e da Saúde

17 Fevereiro 2024
LABS.Maia permitiu a 25 mil alunos experiências científicas nas áreas da Biologia e da Saúde
Tecnologia
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O LABS.Maia já permitiu a 25 mil alunos, em cinco anos de existência, contacto com experiências científicas nas áreas da Biologia e da Saúde e plantou “sementes para o futuro” da Ciência em Portugal.
O projeto, inserido na iniciativa “Maia a Crescer com a Ciência”, implementado em 2018, junta aquela autarquia do distrito do Porto, a Bial e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (I3S) e, além de ter como objetivo aproximar os jovens da ciência, pretende equipar os laboratórios científicos das escolas dos 2.º e 3.º ciclos e Ensino Secundário do concelho.
Segundo aquele protocolo, com um orçamento de 150 mil euros, a dividir por três anos, e instalado na Quinta da Gruta, o LABS.Maia tem como missão fundamental fazer a ponte entre o laboratório de investigação e a escola, proporcionando atividades que promovem o contacto com problemas científicos reais e a aplicação de técnicas utilizadas em laboratórios de investigação.
“O objetivo principal é promover a aproximação entre os mundos da investigação e os nossos alunos, elevar os nossos índices de literacia científica e permitir que as nossas escolas tenham laboratórios devidamente equipados”, explicou a vice-presidente da Câmara Municipal da Maia, Emília Santos, a discursar na cerimónia que assinalou os cinco anos do projeto e a assinatura da renovação do protocolo entre as três entidades.
Para o diretor do i3S, Cláudio Sunkel, os resultados já se fazem sentir: “as coisas transformam-se e são reais quando as pessoas as fazem e esse é o espírito do LABS.Maia, fazer. Estamos a receber alunos que passaram pelo LABS.Maia, o que quer dizer que a semente ficou”, referiu também naquela cerimónia.
“Um dos objetivos, e que foi conseguido, é deixar a semente da Ciência. O projeto existe há pouco tempo mas já temos resultados, temos alunos do Ensino Superior que chegam ao i3S e falam desta experiencia e é reconfortante sentir que o esforço vale a pena”.
Cláudio Sunkel enumerou como outro dos objetivos do LABS.Maia “levar os alunos a questionar, a fazer perguntas”.
“Porque é assim? Porque não é de outra forma? Qualquer coisa é possível explicar, mesmo a uma criança, há que ter a linguagem correta e isso já não é fácil, também é preciso trabalhar o discurso de forma que faça sentido para elas”, disse.
Do lado da Bial, o vice-presidente executivo, José Redondo, deixou votos que o projeto continue e salientou a importância de iniciativas como esta: “é uma iniciativa muito meritória, a de sensibilizar os jovens para a Ciência, para o estudo da Ciência, para uma carreira profissional nesta área”.
“Infelizmente ao longo de muitos anos tem sido uma área pouco atrativa (…) e o sistema de ensino era um dos responsáveis, sensibiliza pouco, é muito teórico, muito académico no sentido de livro e papel e pouco laboratorial”, referiu.
Segundo o responsável, o LABS.Maia teve o mérito de permitir “a milhares de jovens ter contactos com os laboratórios que muitas vezes não tinham nas escolas e tenho a certeza que despertou muitos jovens para carreiras diferentes daquelas que teriam se não tivessem participado nesta iniciativa”.
O projeto permitiu ainda equipar os laboratórios das escolas do concelho, do 2.º ciclo ao Ensino Superior com vários equipamentos científicos.
Ao abrigo do protocolo assinado, a Câmara da Maia assume os encargos com reagentes e materiais necessários à criação de kits laboratoriais, à dinamização da capacitação, os recursos humanos operacionais e o transporte de turmas, cabendo aos i3S assegurar encargos com os recursos humanos técnicos especializados na área da ciência.
Já a BIAL assegura os encargos e a aquisição de material laboratorial na importância de 15 mil euros.