O Ministro da Economia disse ontem que o Estado vai injetar mais 160 milhões de euros na Efacec, acrescentando que este “é um dia feliz” por se concluir a venda da empresa ao fundo alemão Mutares.
Em conferência de imprensa no Ministério da Economia, António Costa e Silva disse que esta terça-feira foi assinada a venda da Efacec à Mutares e que esta injetará 15 milhões de euros em capital e 60 milhões de euros em garantias.
Já o Estado injetará mais 160 milhões de euros, anunciou. Até hoje, o Estado já tinha injetado 200 milhões de euros na empresa em suprimentos (10 milhões de euros por cada mês desde abril de 2022).
António Costa e Silva destacou a importância de Efacec como “grande empresa tecnológica” para a economia portuguesa, referindo vários projetos em que está envolvida, acrescentando que deixá-la cair teria sido “desastroso para a economia portuguesa” e sobretudo para a região Norte.
“Teria um efeito desastroso na economia portuguesa e sobretudo na região Norte, região do Porto e Matosinhos que já sofreu com o encerramento da refinaria da Galp. O colapso da Efacec teria efeitos devastadores”, disse.
O governante afirmou ainda que a Mutares tem o compromisso de manter o centro operacional e de decisões da Efacec em Portugal.
Em 7 de junho, o Governo aprovou a proposta da alemã Mutares para a privatização da Efacec, sem revelar os valores envolvidos.
O Estado já injetou 132 milhões de euros na Efacec, a que se somam mais 85 milhões de euros em garantias.
Em abril, a Parpública anunciou ter recebido propostas vinculativas melhoradas de quatro candidatos à compra de 71,73% da Efacec, no âmbito do processo de reprivatização da empresa.
A Efacec, que tem sede em Matosinhos, conta com cerca de 2.000 trabalhadores.