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Golfinho morto dá à costa no areal entre as praias Atlântica e Pôr do Sol em Vila do Conde

15 Setembro 2023
Golfinho morto dá à costa no areal entre as praias Atlântica e Pôr do Sol em Vila do Conde
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Um golfinho deu à costa, sem vida, esta terça feira, no areal entre as praias Atlântica e Por do Sol, em Vila do Conde. O cadáver do animal foi encontrado por banhistas, de manhã, e permaneceu no local até ser removido, já da parte da tarde.
Este é o segundo relato do género em menos de um mês, nas Praias da Costa Verde. A 23 de agosto passado, foi encontrado um delfim, mas sem cauda, na Praia do Carvalhido, na Póvoa de Varzim.
Há quem diga que os golfinhos mortos que dão frequentemente à costa com a cauda cortada são alvo de captura acidental, ou seja, que ficam enredados nas artes de pesca de uma qualquer embarcação pesqueira e que depois lhes seja cortada a cauda para não estragar as redes.
De acordo com o protocolo, e segundo o comandante da Polícia Marítima da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, se o cadáver do Golfinho estiver em condições, é levado para autópsia, de forma a perceber-se o que terá levado à morte do animal. Caso contrário, se o corpo estiver em avançado estado de putrefação, o mesmo é recolhido pelos serviços municipais.
“Infelizmente, como todos os seres vivos, os golfinhos também morrem, pelo que devemos respeitar esses seres. Percebi que houve muita atividade nas redes sociais, mas esta é uma situação recorrente em todas as praias do litoral nacional, pelo que não há motivo para qualquer tipo de alarme”, disse Bruno Ferreira Teles.
Os golfinhos são nadadores privilegiados, e, às vezes, saltam até cinco metros acima da linha de água, podendo nadar a uma velocidade de até 40 Km/h, mergulhar a grandes profundidades, com a capacidade de viajar milhares de quilómetros. A sua alimentação é feita à base de peixes e lulas. Podem viver de 20 a 35 anos e dão à luz uma cria de cada vez. Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos.
Há 37 espécies conhecidas de golfinhos de água salgada e doce e a mais comum é a Delphinus Delphis
“Os golfinhos brincam com coisas interessantes na água e isto pode incluir pessoas”, afirmou Chris Packham, fotógrafo da natureza, mas “podem tornar-se sexualmente agressivos”, ou, ainda, estar confusos ou desorientados da sua rota original, pelo que todo o cuidado é pouco.