O Banco Europeu de Investimento concedeu um empréstimo de 60 milhões de euros ao Porto de Leixões, em Matosinhos, para melhoria das acessibilidades marítimas, através do aprofundamento do canal de acesso e prolongamento do quebra-mar, foi hoje anunciado.
O Banco Europeu de Investimento (BEI) esclarece, em comunicado, que o contrato de empréstimo já foi assinado com a APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana Do Castelo (APDL), sublinhando que este projeto “contribuirá para o transporte eficiente de pessoas e mercadorias, garantirá o acesso a empregos e serviços e permitirá o comércio e o crescimento económico, de acordo com a Rede Transeuropeia de Transportes da UE (RTE-T)”.
“O custo total do projeto rondará os 190 milhões de euros, sendo o empréstimo do BEI garantido pela República de Portugal”, acrescenta.
Segundo a instituição de financiamento a longo prazo da União Europeia, detida pelos seus estados-membros, o investimento “melhorará a acessibilidade marítima à infraestrutura portuária existente, permitindo que navios de maior dimensão escalem o porto, reduzindo os tempos de espera e, consequentemente, aliviando as restrições operacionais e de segurança”.
Esta operação “apoia a coesão económica, social e territorial, uma vez que os investimentos terão lugar numa região de convergência em Portugal”, assegura.
A cerimónia de assinatura realizou-se na segunda feira, no Porto de Leixões, na presença do Ministro das Infraestruturas, João Galamba, com a participação do vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ricardo Mourinho Félix e do presidente da APDL, João Pedro Neves, que sublinharam a importância deste investimento para financiar a modernização e expansão “do mais importante Porto do Noroeste da Península Ibérica, em termos de carga e contentores”.
Na ocasião, segundo o comunicado, o presidente da APDL, João Pedro Neves, ressalvou que “este é o investimento mais estruturante para o Porto de Leixões realizado nos últimos anos, mas, mais ainda, um dos mais importantes para a região Norte e para Portugal”.
“O potencial de crescimento que este investimento nas acessibilidades vem promover é particularmente crítico para o segmento dos contentores, beneficiando, também, os outros segmentos de mercado, como os granéis sólidos, sobretudo os agroalimentares, de forma a garantir uma resposta eficiente às necessidades das empresas do ‘hinterland’ do Porto de Leixões”, disse, citado no comunicado.
Para garantir a competitividade do Porto de Leixões, os responsáveis consideram que “é crucial responder ao aumento da dimensão média dos navios que demandam o porto, que registaram um crescimento de 77% entre 2006 e 2018”.
O objetivo do projeto do prolongamento do quebra-mar e melhoria das acessibilidades marítimas ao Porto de Leixões é melhorar as condições de segurança e a navegabilidade no acesso ao porto e na zona de manobra dos navios, no anteporto.
A melhoria servirá o tráfego marítimo atual, permitindo uma acessibilidade e manobra mais segura e facilitada, e criará condições para acesso e receção de navios de carga de maior dimensão, nomeadamente os da classe de 300 metros de comprimento, 40 metros de boca e 13,7 metros de calado, rondando os 5.000 TEU (unidade equivalente a 20 pés e é um tamanho de contentores padrão) de capacidade.