Cento e quarenta de 338 consumidores da sala de consumo assistido do Porto residem em outros concelhos da Área Metropolitana do Porto (AMP), revela o relatório do 2.º trimestre do programa, que inclui dados sociodemográficos de alguns dos utilizadores.
O relatório trimestral de execução do Programa de Consumo Vigiado do Município do Porto indica que foi recolhida informação sociodemográfica de 338 consumidores que frequentam a sala de consumo assistido do Porto, em funcionamento desde agosto de 2022.
Entre os 338 consumidores, 140 residem em outros concelhos da Área Metropolitana do Porto (AMP) que não no Porto, nomeadamente: Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Valongo, Gondomar, Santa Maria da Feira, Paredes, Santo Tirso, Oliveira de Azeméis e Espinho.
Do total de consumidores, 122 residem no concelho do Porto e os restantes noutros concelhos dispersos pelo país.
Até fevereiro de 2023, passaram pela sala de consumo assistido do Porto 1.234 consumidores, o equivalente a cerca de 200 admissões por mês. Destes, 1.032 consumidores são do sexo masculino, 201 do sexo feminino e um transgénero.
Nos seis meses do programa, o relatório constata que a prevalência de idade dos consumidores se situa entre os 35 e 54 anos, “com particular predomínio do intervalo compreendido entre os 45 e 49 anos”.
O relatório conclui, ainda, que 97% dos utilizadores da sala tem nacionalidade portuguesa e os restantes são oriundos de 16 nacionalidades diferentes (Brasil, Colômbia, Roménia, Rússia, República Dominicana, Ucrânia, Alemanha, Austrália, Bélgica, Bulgária, Croácia, Índia, Irlanda, Nepal, Paquistão e Senegal).
A maioria dos consumidores utilizou a sala mais do que uma vez, 21% usaram o espaço entre 10 e 49 vezes, 7% entre 50 e 199 vezes e um “número residual de indivíduos” usou entre 200 e 500 vezes (1%), ou mais de 500 vezes (0,2%).
Naquele espaço foram realizados, ao longo dos seis meses, 22.439 consumos, sendo que 12.050 foram realizados por via fumada e 10.389 por via injetada.
“Ao longo dos seis meses de funcionamento do programa registou-se um aumento progressivo do número médio de consumos por dia, verificando-se, no último mês, um número médio de 160 consumos diários”, lê-se no relatório.