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Terminal de Contentores de Leixões recebe 115 carros da Autoeuropa por dia prontos a exportar

21 Fevereiro 2023
Terminal de Contentores de Leixões recebe 115 carros da Autoeuropa por dia prontos a exportar
Economia
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É ao ritmo de 115 carros recebidos por dia que o Porto de Leixões aguarda a chegada de um navio que exporte os veículos vindos da Autoeuropa, em Palmela, escoados pelo Norte devido à crise dos semicondutores.
“Já vamos com um embarque de 2.400 carros e um desembarque de 353 carros, todos do grupo Volkswagen”, explicou Nuno Rosa Lopes, diretor de exploração do Terminal de Carga Geral e de Granéis de Leixões (TCGL), do Grupo ETE que, juntamente com outra empresa do grupo (Navex), está a cargo da operação logística.
De acordo com o responsável, está a ser preparado “um segundo embarque, mais 1.500 carros”, desde o início das operações mais recentes, em dezembro de 2022.
“Segundo a última informação que recebemos da Volkswagen, poderá continuar até cerca de 6.000 carros, para já, nesta fase”, disse Nuno Rosa Lopes.
O atual serviço põe fim a um interregno de quatro anos de operações deste tipo, já que em 2018, devido à greve dos estivadores em Setúbal, foi feita uma operação semelhante de envio de automóveis do grupo Volkswagen pelo Norte do país.
Desta vez, o motivo para o recurso ao Porto de Leixões, em Matosinhos, no distrito do Porto, é outro: a crise dos semicondutores, segundo o responsável do Grupo ETE.
Com a falta “de alguns componentes de carros que não permitem que os carros fiquem finalizados, totalmente homologados, […] os parques de espera dos carros em Setúbal estão congestionados”, detalhou o diretor do Terminal de Carga Geral e de Granéis de Leixões (TCGL).
“Nós recebemos, atualmente, um comboio por dia, de terça a sábado. Cada comboio traz 115 T-Roc, que é o modelo da Volkswagen fabricado na Autoeuropa em Setúbal”, detalhou Nuno Rosa Lopes, no Porto de Leixões, perto da zona de embarque dos automóveis, mas ainda sem navio que os pudesse receber.
O último embarque, realizado já este ano, contou com 2.400 viaturas, e 70% dessas chegaram ao Porto de Leixões por via ferroviária e as restantes por rodovia.
Antes da chegada do comboio, abrem-se as barreiras da fronteira sob o olhar atento da GNR, da segurança do porto, da transportadora (Medway) e de responsáveis do grupo ETE, num processo cuidado que implica a instalação de uma rampa com recurso a uma empilhadora, para que os carros possam sair.
O comboio de 600 metros chega ao terminal ferroviário de Leixões, agora sob administração da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), com os automóveis em fila, prontos a descer.
Montada a rampa, cerca de uma dezena de estivadores, vestidos de branco, avançam sobre os vagões, entram nos novíssimos Volkswagen T-Roc e conduzem-nos ao lado norte do porto, num processo que dura entre uma hora e meia a duas.
Sob o olhar atento das gaivotas que sobrevoam a zona, perto da ponte móvel de Leixões, os veículos ficam estacionados ao ar livre nas instalações do porto, prontos a exportar para Emden, na Alemanha.
O grupo ETE aguarda “a todo o momento” que a Volkswagen diga quando é que o seu navio vai escalar em Leixões para levar as viaturas, e “a partir daí, dependendo do número de carros que cá estiver, o navio irá sair”, refere Nuno Rosa Lopes. “Previsivelmente, no início do próximo mês”, apontou.