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Autarca de Viseu critica instalação de polo de Centro de Estudos Judiciários em Vila do Conde

20 Janeiro 2023
Autarca de Viseu critica instalação de polo de Centro de Estudos Judiciários em Vila do Conde
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O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas (PSD), considerou esta quinta feira “mais um exemplo de centralismo” a decisão de instalar o polo regional do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) em Vila do Conde.
No entender de Fernando Ruas, foi “mais uma oportunidade perdida para investir no interior do país e mais um investimento que vai para o litoral”, apesar de Viseu ter sido um dos municípios que se disponibilizaram para o receber.
“Quando se chega ao período das grandes decisões nada é feito em prol das cidades que se situam fora do litoral e não posso, por isso, deixar de manifestar a minha indignação”, afirmou.
Durante a reunião de câmara, o autarca social-democrata disse não ter nada contra Vila do Conde, considerando “até normal que faça a sua pressão”.
“Mas perdemos, mais uma vez, a oportunidade de inverter esta centralização que há tanto tempo o país promove”, lamentou Fernando Ruas.
O antigo Convento de Nossa Senhora do Carmo, em Vila do Conde, vai acolher o novo polo do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), devendo o edifício ser disponibilizado ainda este ano, adiantou o Ministério da Justiça.
“A par de Lisboa, este novo polo, a ser instalado no ex-Convento do Carmo, vai dedicar-se à formação inicial de magistrados, prevendo-se que o edifício esteja disponível até ao final do corrente ano”, adiantou o gabinete da Ministra da Justiça, na sequência da informação avançada relativamente à localidade escolhida para o primeiro polo de formação da magistratura fora de Lisboa.
Sublinhando que a Ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, já tinha manifestado a preocupação de “tornar mais fácil e atrativo o acesso à carreira da magistratura”, fonte oficial do Ministério explicou que o polo regional em Vila do Conde “não é mais um plano no papel” e que corresponde à procura registada entre os candidatos.
“Além de ir ao encontro daquela que é uma inegável tendência – os números demonstram que a maioria dos candidatos ao Centro de Estudos Judiciários provém da região Norte – é sublinhada a preocupação e a vontade de reforçar a coesão territorial”, acrescentou.