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STSSSS diz que Lar do Comércio em Matosinhos pressiona trabalhadores para rescindir contratos

7 Setembro 2022
STSSSS diz que Lar do Comércio em Matosinhos pressiona trabalhadores para rescindir contratos
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A direção do Lar do Comércio, em Matosinhos, está a “pressionar trabalhadores a rescindir” no âmbito do “processo de despedimento coletivo iniciado em julho”, denunciou o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social (STSSSS).
Em comunicado, o sindicato acusa a direção daquela instituição particular de solidariedade social de ter “externalizado” uma “parte significativa dos serviços prestados, entre eles o de ajudante de ação direta, cozinha, limpeza, lavandaria, processamento de salários e animação sociocultural”.
Esses serviços externos, prossegue a comunicação, são feitos “por trabalhadores a recibo verde” situação que implica, também, na “qualidade da resposta aos utentes” que passam, assim, a poder ser “tratados por vários profissionais, perdendo-se, assim a “estabilidade no seu acompanhamento”.
O coordenador do sindicato, Joaquim Espírito Santo, acusou ainda a direção do Lar do Comércio de “incoerência” e de um “ataque aos cofres públicos”.
“A direção disse-nos claramente, numa reunião, que tinham 800 mil euros para indemnizações e que ninguém iria ficar prejudicado. Ora, se têm isso tudo como podem alegar no despedimento coletivo que o fazem para otimizar os serviços porque a instituição está em grandes dificuldades económicas… Para quem diz ter 800 mil euros, é uma situação um bocado incoerente (…). Isto configura um ataque aos cofres públicos”, explicou.
No comunicado, o sindicato revela ainda “testemunhos” que “denunciam represálias a quem manifestou descontentamento pela marcação forçada e unilateral de férias pela direção”, bem como “que há, pelo menos, três trabalhadores que foram enviados para casa e a quem estão a pagar o salário, sendo que um deles, desde fevereiro ou março deste ano”.
Neste contexto, e numa altura em que está em discussão a Agenda para o Trabalho Digno, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social (STSSSS) quer “uma tomada de posição da tutela e uma responsabilização das entidades”, enfatizando a necessidade de “travar os abusos da legislação laboral”.
“Não é aceitável que trabalhadoras e trabalhadores essenciais na prestação de cuidados sejam descartados e substituídos por empresas de outsourcing que contratam trabalhadores de forma precária (…) com a complacência da Segurança Social que tem o direito e o dever de fiscalizar estas instituições”, assinala ainda o comunicado.
Tentamos obter uma reação da direção do Lar do Comércio, mas sem sucesso.