Clarice Assad Trio, José Ramon Mendez e Josu de Solaun são os primeiros nomes de músicos e agrupamentos anunciados do cartaz do Porto Pianofest, que regressa em agosto, com estreias internacionais, ‘workshops’ e ‘masterclasses’ por toda a cidade.
Depois de dois anos em formato condicionado pelo contexto pandémico, a sétima edição do festival internacional, dirigido pelo pianista português residente em Nova Iorque Nuno Marques, vai decorrer entre 1 e 9 de agosto, no Porto e em Famalicão.
A abertura do programa ficará a cargo do grupo brasileiro Clarice Assad Trio, que se situa entre as “grandes figuras” da fusão MPB/clássica brasileira, que se estreia em Portugal, no dia 1 de agosto, na Casa da Música.
O pianista espanhol Josu de Solaun, premiado em 2021 com um International Classical Music Awards (ICMA), atua também pela primeira vez em Portugal.
Soma-se José Ramón Méndez, que regressa para mais uma edição do festival, para o seu sétimo recital em sete anos.
Em comunicado, a organização salienta que o evento assume “a missão de fortalecer o Porto enquanto ‘hub cultural’, e de aproximar artistas de todo o mundo, já consolidados ou em início da carreira, em vários locais históricos espalhados por toda a Invicta”.
Ocupando as principais salas culturais da cidade, como a Casa da Música, a Reitoria da Universidade do Porto e o Palácio da Bolsa, o festival promete uma programação reforçada de concertos, apresentações gratuitas, e, ainda, uma componente pedagógica, materializada numa semana de ‘masterclasses’, conferências e residências artísticas.
No último dia, o festival viaja até Vila Nova de Famalicão, com concertos e apresentações exclusivas.
O diretor artístico do festival, Nuno Marques, explica que “este ano, foram criadas as condições para se regressar a um formato presencial, que se complementará com a transmissão ‘online’ para todo o mundo”.
“De edição para edição, procuramos tornar o evento mais rico e crescer sempre mais, por isso, vamos continuar a tentar alargar horizontes e a chegar não só a novas cidades portugueses, como também a capitais europeias, como Madrid. Preparamo-nos para ser ainda mais arrojados na escolha destes locais e na aposta numa maior diversidade de nacionalidades e de perfis de músicos”, acrescenta.
Sobre as residências artísticas, Nuno Marques refere que foram pensadas para “reunir músicos de topo de todo o mundo, com vista a que possam preparar-se, estudar e apresentar o seu trabalho ao público”.
“Estas residências, que têm registado um elevado nível de procura em edições anteriores, garantirão aos artistas um recital a solo num auditório do Porto, uma sala de estudo com piano disponível no Conservatório do Porto, sessões com os professores convidados, ou ainda a gravação profissional audiovisual do concerto a solo”, sublinha o diretor artístico.
O Porto Pianofest foi fundado em 2016 por Nuno Marques, pianista, compositor e diretor artístico, e pela também pianista-compositora americana Mariel Mayz.