Um homem de 40 anos de idade foi afastado da sua residência e proibido pelo tribunal de se aproximar ou contactar a companheira após ter sido detido por violência doméstica, em julho passado, na Maia, foi agora divulgado pela Guarda Nacional Republicana (GNR).
De acordo com um comunicado da Guarda Nacional Republicana (GNR), após a detenção em julho, o detido foi presente a interrogatório na passada quinta feira, no Tribunal Judicial de Matosinhos, “onde lhe foram aplicadas as medidas de coação de afastamento da residência e da vítima num raio de 500 metros e proibição de contactos com a mesma”.
A origem do caso remonta a 17 de julho, quando a Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve o homem de 40 anos de idade, na Maia, “no âmbito de uma denúncia de que estaria a ocorrer um crime de violência doméstica no interior de um estabelecimento comercial”.
“Os militares da Guarda deslocaram-se ao local, tendo apurado que a vítima, uma mulher de 47 anos, havia sido violentamente agredida pelo suspeito, seu companheiro de 40 anos, provocando-lhe ferimentos”, pode ler-se no comunicado da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Segundo a Guarda Nacional Republicana (GNR), “durante a ação, apurou-se que a vítima, durante os 20 anos de casamento com o suspeito, foi por diversas vezes vítima de maus-tratos”.
Em seis meses do ano de 2022, foram assassinadas em contexto de violência doméstica 16 mulheres, tantas quanto em todo o ano de 2021. Só em junho foram registados seis crimes mortais, um a cada cinco dias. E não há otimismo que faça acreditar que os homicídios não vão continuar a subir até ao final de 2022, com o aproximar das férias e, em dezembro, as festas, duas alturas identificadas como de maior risco para as vítimas.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) recorda que “a violência doméstica é crime público e denunciar é uma responsabilidade coletiva”.