O Rio Ave garantiu este domingo a subida à I Liga portuguesa de futebol e o título de campeão nacional da II Liga, depois de vencer o Desportivo de Chaves, por 3-0, na última jornada da competição.
Com um golo madrugador de Aziz, logo no primeiro minuto, e um ‘bis’ de Aderllan Santos, aos 77 e 80, quando o Chaves jogava em inferioridade numérica, pela expulsão de Luís Rocha, aos 75, os vilacondenses construíram o triunfo que lhes permite, uma época depois, regressar ao escalão maior do futebol nacional.
A equipa da foz do Ave termina a prova no primeiro lugar, com 70 pontos, enquanto o Chaves, com este desaire, acaba o campeonato no terceiro posto, com 64 pontos e falha o acesso direto à Liga.
Apesar da derrota, os flavienses ainda podem subir de divisão, disputando agora um ‘play-off’ com o Moreirense, o antepenúltimo classificado da I Liga.
O Rio Ave entrou para este desafio sabendo que lhe bastava um empate para o objetivo da promoção, mas começou o jogo da melhor forma possível, adiantando-se no marcador, logo no primeiro minuto, num lance em que Joca rematou ao poste, mas Aziz, melhor marcador da equipa, na recarga, atirou para o 1-0.
O golo madrugador motivou os comandados de Luís Freire a explorarem alguma instabilidade inicial do Desportivo de Chaves e a aumentar a pressão na busca por um segundo tento, embora sem efeitos práticos.
Já os transmontanos, depois do ‘choque’ inicial, foram assentando o seu futebol, e, com o Rio Ave a entregar-lhes a iniciativa das operações, foram subindo no terreno e surgindo mais vezes junto à baliza contrária.
No entanto, o momento da finalização não estava a ser o ponto mais forte dos visitantes, que além de alguns remates inofensivos em lances de bola parada, só perto do intervalo criaram o lance mais perigoso, até então, num desvio de Batxi, em boa posição, mas que saiu por cima.
Do outro lado, o Rio Ave não fez melhor, e não fosse um cabeceamento de Pedro Mendes, e um remate de Gabrielzinho, sem a melhor pontaria, foi praticamente inofensivo nas tentativas de resposta em contra-ataque, embora segurando a vantagem por 1-0.
O tempo de descanso não fez mudar a toada das equipas, com o Chaves a regressar mais pressionante e logo aos 50 minutos criou uma grande oportunidade, com Patrick a cabecear à barra, após cruzamento de João Correia.
Apesar deste susto, os locais apresentavam boa organização defensiva para suster os ímpetos contrários, embora não fossem tão acutilantes na resposta em contra-ataque.
Só aos 70 minutos, os vilacondenses conseguiram a sua melhor oportunidade, num remate acrobático de Aziz, em velocidade, que o guarda-redes dos flavienses Paulo Vítor controlou.
Os transmontanos, que sabiam que para dependerem de si para a subida direta tinham de vencer, acabaram por ‘desmoronar’ a partir do minuto 75, com a expulsão o central Luís Rocha, por acumulação de amarelos.
A equipa de Chaves desestabilizou-se por completo com essa contrariedade, e na sequência da falta cometida por Luís Rocha, surgiu o segundo golo do Rio Ave, ao 77, com Aderllan Santos a desviar de cabeça o livre, ‘incendiando’ a festa no estádio dos Arcos.
O experiente central brasileiro acabou por vestir a pele de herói do dia do Rio Ave, três minutos depois, quando na sequência de outro lance de bola parada, assinou o ‘bis’ da partida, e com o 3-0 praticamente ‘carimbou’ a subida de divisão dos vilacondenses.
O Chaves, mesmo arrasado animicamente, ainda lutou até ao final, e chegou a ameaçar o golo de honra, mas já não teve argumentos para travar a festa do Rio Ave, que, uma época depois, regressou ao patamar mais alto do futebol nacional e no final do jogo, em pleno relvado, ergueu a taça relativa à conquista do campeonato nacional da II Liga de 2021/22.