O presidente do PSD considerou “vital” que seja conhecida a taxa de vacinação das infeções graves de Covid-19 que geram internamentos e mortes, dizendo que tal é importante até para aferir da segurança das campanhas.
No final de uma arruada da campanha do PSD em Castelo Branco, que juntou algumas dezenas de pessoas – mas depois de outras bem maiores em Barcelos e Lisboa -, Rui Rio foi questionado se não estava preocupado com este tipo de iniciativas, num momento em que a pandemia continua a gerar muitos novos casos.
“Isto é-se preso por ter cão e preso por não ter, tanto faz dar na cabeça, como na cabeça dar. Se não tivéssemos ninguém, era a campanha que era fraca e murcha. Se tem muita gente é porque é perigoso por causa da Covid-19”, respondeu.
Rui Rio contrapôs que há um dado “absolutamente fundamental”, até para “poder aferir” dessa segurança.
“Gostava de saber, e penso que todos os portugueses, dos casos mais graves, de pessoas internadas e que vieram a falecer, qual é a taxa de vacinação dessas pessoas e se faleceram por causa da Covid-19 ou se já tinham outras doenças associadas”, afirmou.
Rui Rio considerou que, se muitas infeções são “simples constipações”, outras não, pelo que esse dado é “absolutamente vital”.
Se ficar infetado, tal como aconteceu com o dirigente comunista João Ferreira, Rui Rio respondeu que, naturalmente, irá para casa e cumprirá a lei.
“Depois vejo quem vem para o terreno, mas vêm muitos, temos João como eles têm, temos sem ser João”, afirmou, em tom bem-disposto.
Questionado se concorda com os municípios portugueses, que pediram urgência à Procuradoria-Geral da República (PGR) no parecer relativo ao voto dos confinados, Rui Rio disse compreender a preocupação e urgência, e aconselhou-os a fazerem esse pedido à Ministra da Administração Interna.
Rui Rio foi ainda questionado sobre as demissões conhecidas de doze chefes do Serviço de Urgência no Hospital de Beja, pelas quais manifestou “muita preocupação”.
“Pelos portugueses, pelos utentes e pelo Serviço Nacional de Saúde. Se nós ganharmos as eleições, temos aqui uma tarefa gigantesca pela frente, porque o SNS está a ficar um caos em termos de gestão e de capacidade de resposta”, afirmou Rui Rio.