Os vírus da Gripe e da Covid-19 não partilham informação, pelo que a proliferação de casos de ‘Flurona’ não aumenta o risco de o novo coronavírus SARS-CoV-2 evoluir para variantes mais perigosas, defendeu um perito da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Trata-se de vírus de espécies completamente diferentes que usam recetores distintos para infetar e não há muita interação entre eles”, destacou em conferência de imprensa o epidemiologista da Organização Mundial da Saúde (OMS) Abdi Mahamud, ao abordar a situação de pessoas que contraem Covid-19 e Gripe ao mesmo tempo, coinfeção a que foi dada a designação de ‘Flurona’.
‘Flurona’ é um termo popular utilizado para descrever o caso de pessoas que apresentam Covid-19 e Gripe ao mesmo tempo, em que ‘flu’ se refere ao vírus da Gripe (Influenza) e ‘rona’ se refere ao novo coronavírus SARS-CoV-2. Como consequência de haver dois tipos de vírus, é possível que a pessoa apresente ao mesmo tempo, em alguns casos, sinais e sintomas das duas doenças.
As mutações do novo coronavírus SARS-CoV-2 geralmente são geradas em pessoas não vacinadas, em que o agente patogénico tem mais possibilidades de se replicar, acrescentou o especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O principal objetivo deve continuar a ser “vacinar todo o mundo para que se reduzam as possibilidades de mutação”, sublinhou Abdi Mahamud.
O perito da Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou normal que estejam a aparecer mais casos de ‘Flurona’ do que na estação anterior, devido a um maior relaxamento nas sociedades, coincidindo com a época gripal no hemisfério norte.