Um investimento de 350 mil euros colocou a circular a partir de ontem em Matosinhos 200 trotinetes elétricas, um projeto da Spin que fará também dos bombeiros do concelho os primeiros da Europa a dispor desse transporte.
O responsável ibérico da empresa de micromobilidade da Ford Motor Company, Filippo Brunelleschi, relatou as particularidades de um projeto que já existe “em oito cidades na Alemanha, 15 no Reino Unido e duas em Espanha” e que pretende “afirmar-se como um meio sustentável de mobilidade nas cidades”.
“Sempre que avançamos com um projeto, fazemos investimentos substanciais numa visão a longo prazo. E, dado o número de trotinetes que vamos disponibilizar, vamos investir cerca de 350 mil euros, a que acresce o investimento humano que vamos fazer nos próximos meses”, disse o responsável da empresa que disponibiliza alugueres de trotinetes e bicicletas elétricas.
Segundo a informação dos promotores, “o acordo prevê a parceria com o projeto AYR, desenvolvido pelo maior centro de engenharia e inovação português, o CEiiA, que pretende compensar os utilizadores da Spin pelas emissões de dióxido de carbono evitadas”.
As trotinetes “terão baterias amovíveis, tornando toda a operação logística mais sustentável, com vista a tornar-se carbonicamente neutra”, acrescenta o documento.
Filippo Brunelleschi admitiu que “o processo possa crescer no final do ano, tanto em número de trotinetes disponíveis em Matosinhos como em cidades aderentes”.
“A nossa prioridade é criar uma relação duradoura em Matosinhos. Vamos ver a resposta que a população vai dar. Temos muita ambição para o resto do país, pois temos o objetivo de ter 10 mil veículos a circular na Península Ibérica no final de 2022”, acrescentou.
Novidade também será a oferta pela empresa de 10 trotinetes às cinco corporações de Matosinhos, situação que, assegurou o responsável, fará deles “os primeiros na Europa a dispor do serviço”.
“O objetivo é fomentar a mobilidade dos bombeiros usando este modo de transporte mais sustentável”, acrescenta a nota de imprensa.
Apostada em “conseguir o que mais ninguém conseguiu em micromobilidade”, a empresa enfatizou ser a “micromobilidade um projeto sustentável de mobilidade nas cidades”, explicando depois o porquê da primeira opção em Portugal recair em Matosinhos.
“Procuramos cidades com quem possamos ter uma relação longa e Matosinhos provou ter uma visão que encaixa na nossa, além disso temos a parceria com o CEiiA. Poderão perguntar: e porque não Lisboa, e certamente que estamos muito interessados em Lisboa, mas primeiro queremos assegurar-nos do sucesso da micromobilidade em Portugal enquanto esperamos por uma melhor regulamentação”, disse.
A Spin tem sede em São Francisco, nos Estados Unidos da América (EUA), e foi a primeira empresa de micromobilidade partilhada nos EUA, operando atualmente em 70 cidades e 25 campus universitários em todo o mundo e emprega cerca de mil pessoas, acrescenta a nota de imprensa.