Ana Catarina Monteiro vai ser a primeira portuguesa a disputar a Liga Internacional de Natação (ISL), ao serviço dos New York Breakers, a partir de sábado, em Nápoles, na Itália, concretizando a ambição de competir entre os melhores.
Portugal vai estar pela primeira vez representado na competição International Swimming League (ISL), que vai na sua terceira edição e vai juntar quase quatro centenas dos melhores nadadores do mundo durante um mês na cidade italiana.
“O mais relevante não é ser a primeira, o mais importante para mim é estar entre os melhores atletas do mundo, podendo partilhar treinos e competições com eles. Vai ser uma experiência fantástica, sobretudo num momento como este, no início de um ciclo olímpico mais curto”, afirmou a nadadora natural de Vila do Conde, de 27 anos de idade.
Ana Catarina Monteiro alcançou em Tóquio2020 o terceiro melhor resultado olímpico de sempre da natação portuguesa, ao terminar no 11.º lugar nos 200 metros mariposa, apenas superado pelos feitos de Alexandre Yokochi.
Após esse feito, a recordista nacional (2.08,03 minutos) admitiu o “misto de emoções”, por ter conseguido um resultado histórico, mas ficado perto da final, que era o seu sonho, realçando o seu objetivo de aumentar a competição internacional.
“Sem dúvida, quanto mais vezes competir com os melhores mais perto deles vou estar e mais familiarizada vou estar nas grandes competições. Também está cá o Daniel Moedas, fisioterapeuta da federação, e é fantástico estarmos entre os melhores, porque é uma forma de evoluir”, realçou a atleta do Clube Fluvial Vilacondense.
A International Swimming League (ISL) integra 10 equipas, que recrutaram 36 nadadores cada, depois de um ‘draft’ de cerca de 950 inscritos, que se vão defrontando em 10 jornadas, desde quinta feira e até 26 de setembro, em Nápoles, Itália.
Em cada uma dessas etapas vão enfrentar-se quatro equipas, com a New York Breakers a entrar na piscina nas competições marcadas para 28 e 29 de agosto, 2 e 3, 16 e 17 e 25 e 26 de setembro.
“Chegar às semifinais era uma grande vitória, não é fácil antever, porque é uma competição em que os tempos não contam muito, mas sim a pontuação que se obtém”, salientou Ana Catarina Monteiro.
A fase inicial apura seis equipas para as semifinais, que vão ser disputadas entre 11 e 18 e entre 25 e 28 de novembro em Eindhoven, nos Países Baixos, às quais se juntam outras duas provenientes da repescagem, que junta os quatro piores classificados da primeira fase, ainda em Nápoles, em 29 e 30 de setembro.
A final vai ser disputada pelos quatro mais bem classificados das semifinais, em janeiro de 2022, ainda em local a designar.