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Filme francês VO vence Grande Prémio do Festival Internacional Curtas Metragens de Vila do Conde

27 Julho 2021
Filme francês VO vence Grande Prémio do Festival Internacional Curtas Metragens de Vila do Conde
Cultura
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O filme “VO”, de Nicolas Gourault, “uma investigação quase forense” ao universo dos automóveis sem condutor e ao acidente ocorrido em 2018, conquistou o Grande Prémio do Festival Curtas de Vila do Conde, anunciou o júri da competição.
Na Competição Nacional, o prémio de Melhor Filme foi para “Madrugada”, de Leonor Noivo, enquanto Mário Macedo obteve o prémio de Melhor Realizador com “Terceiro Turno”, e o Prémio do Público foi para “O Lobo Solitário”, de Filipe Melo.
Por categoria a concurso, o prémio de Melhor Filme de Animação foi para “I Gotta Look Good for the Apocalypse”, uma coprodução franco-turca dirigida por Ayce Kartal; em Documentário, para “Farrucas”, de Ian de la Rosa, uma coprodução entre Espanha e os Estados Unidos; em Ficção foi distinguido “L’Enfant Salamandre”, de Théo Dégen, da Bélgica; e o Prémio do Público foi para “David”, uma curta de ficção do norte-americano Zach Woods.
“VO” conseguiu também uma candidatura aos prémios da Academia Europeia de Cinema (European Film Awards), indicado pelo ‘Curtas’.
Considerado “o melhor filme em competição”, “VO” concretizou a primeira presença, no festival de Vila do Conde, do realizador e artista visual francês Nicolas Gourault.
Na base do filme, está a morte de uma mulher, atropelada numa estrada norte-americana, em março de 2018, por um carro sem condutor, em teste. O realizador procura perceber o que aconteceu, se foi “um erro da supervisão humana, uma falha da inteligência artificial, ou um misto dos dois”, segundo a apresentação do filme.
Na Competição Experimental do ‘Curtas’, o Prémio Centro de Arte Oliva foi para “Surviving You, Always”, uma produção britânica dirigida por Morgan Quaintance.
Nesta categoria, foi ainda atribuída uma Menção Honrosa a “Baki Tadu É”, de Kate Saragaço-Gomes e Calum MacBeath Morgan, uma coprodução entre a Índia, a Dinamarca e Portugal.
Na competição “Take One”, dedicada a produções de estudantes de cinema de diversas instituições portuguesas e estrangeiras de ensino superior, o prémio de Melhor Filme foi para “Fruto do Vosso Ventre”, de Fábio Silva, enquanto o de Melhor Realizador português, nesta competição, foi para Ana S. Carvalho, por “(In)Quietude”.
“Vanille”, produção franco-suíça de Guillaume Lorin, conquistou o prémio de Melhor Filme da competição Curtinhas, dedicada ao público familiar e infantojuvenil.
Nesta competição, foram também atribuídas menções honrosas a “Kiki, o Passarinho”, de Julie Rembauville e Nicolas Bianco-Levrin, de França; a “Guarda-Chuvas”, de José Prats e Álvaro Robles, uma coprodução de França e Espanha; e a “Na Moda”, de Jean Lecointre, também de França.
“O Teu Nome É”, de Paulo Patrício, coprodução luso-belga, conquistou o prémio My Generation, de filmes dedicados ao público juvenil.
Na competição de Vídeos Musicais foi distinguido “Stereoboy – Yipman”, de Luís Sobreiro.
As competições internacional e experimental do Curtas de Vila do Conde contaram com 51 filmes de 24 países, entre documentário, ficção e animação.
A partir deste ano, Curtas Vila do Conde passa a fazer parte do grupo de festivais qualificados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, responsável pelas cerimónias dos Óscares, o que faz com que, “o Grande Prémio da Competição Internacional e o Prémio para melhor filme da Competição Nacional” sejam elegíveis para consideração a candidatos a nomeações, nas categorias de Melhor Curta-Metragem de Animação e de Ficção, “dispensando assim a necessidade de serem apresentados em circuito comercial nos EUA, e desde que cumpram os regulamentos do concurso”, como se lê na página do evento.