A Unidade de Controlo Costeiro da GNR apreendeu na passada terça feira, em Matosinhos, 1.155 quilos de sardinha com o valor estimado de 6.930 euros, informou fonte policial.
Em comunicado, a GNR indica que a sardinha estava a ser comercializada “sem documentação que permitisse determinar a sua origem e rastreabilidade, constituindo um perigo para a saúde pública”.
Desta ação resultou a elaboração de dois autos de contraordenação, um por pesca proibida e outro por falta de rastreabilidade, cujas coimas podem atingir 12.500 euros.
“A sardinha apreendida, depois de submetida à verificação higiossanitária, foi entregue a várias instituições de solidariedade social”, refere o comunicado.
A quota nacional de pesca da sardinha será fixada em 10 mil toneladas até julho, mas deverá ser revista em alta após parecer do Conselho Internacional para a Exploração do Mar, informou o ministro do Mar.
“Vamos iniciar a safra em maio e vamos fixar, até julho, 10 mil toneladas, mas acreditamos que, em junho, o parecer do Conselho Internacional para a Exploração do Mar será favorável, revendo esta quantidade em alta”, avançou Ricardo Serrão Santos durante a sessão de balanço da campanha de valorização das conservas portuguesas “Vamos conservar o que é nosso”, que decorreu em Matosinhos.
Segundo salientou o governante, a tutela “tem desenvolvido um trabalho para que, considerando a recuperação demonstrada nos cruzeiros de investigação realizados quer por Portugal, quer por Espanha (que apontam aumentos significativos de captura para esta espécie), se possa aumentar as oportunidades de pesca na próxima estação”.
Conforme recordou, “esta recuperação dos ‘stocks’ de sardinha só foi possível graças aos últimos esforços por parte da frota” nacional, “com as inevitáveis consequências económicas e sociais” que tal implicou.
“Mas hoje estamos mais otimistas, porque as condições o permitem”, disse Ricardo Serrão Santos.