O Comando Territorial do Porto, através do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) do Porto, deteve, no dia 16 de março, um homem, de 36 anos, por violência doméstica, no concelho de Vila do Conde.
Na sequência de uma investigação por violência doméstica, os militares da GNR apuraram que o suspeito, durante os últimos dez anos, agrediu, humilhou, injuriou e ameaçou de morte, de forma reiterada, a vítima, sua mãe, de 59 anos, que se encontrava num estado de saúde muito debilitado. O agressor vivia e dependia economicamente da sua mãe, à qual exigia diariamente dinheiro para satisfazer os seus vícios, sendo que, quando tal lhe era negado, tornava-se violento. Além do terror a que submetia a sua mãe e demais familiares, também causava alarme social na população local. Perante a gravidade dos factos e devido ao escalar dos episódios de violência física e psicológica, o agressor foi detido.
O detido, com antecedentes criminais em ilícitos da mesma natureza e ofensas à integridade física, foi presente, no dia 17 de março, a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Matosinhos, onde lhe foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva, tendo sido conduzido ao Estabelecimento Prisional do Porto.
A violência doméstica fez 32 mortes em 2020, menos óbitos do que no ano anterior. Houve menos 1.864 queixas, mas mais detidos. Morreram menos três pessoas do que em 2019. A maioria das vítimas (27) eram mulheres, lamentando-se ainda a morte de três homens e de duas crianças.
O balanço final aponta para menos mortes, menos queixas, mais detidos e mais medidas para proteger as vítimas e afastar os agressores. Os dados trimestrais de violência doméstica, divulgados pelo Governo e que fecham as contas do ano de 2020, mostram que 32 pessoas morreram vítimas de violência doméstica em contexto de relações de intimidade.