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António Costa disse que “logo a seguir ao Natal é preciso fazer um grande esforço de contenção”

18 Dezembro 2020
António Costa disse que “logo a seguir ao Natal é preciso fazer um grande esforço de contenção”
País
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O Primeiro-Ministro, António Costa, avisou esta quinta feira à noite que “logo a seguir ao Natal é preciso fazer um grande esforço de contenção”, o que motivou o Governo a ter que puxar “o travão de mão” para a Passagem de Ano.
Numa conferência de imprensa feita inteiramente por videoconferência – uma vez que está em isolamento profilático preventivo -, António Costa explicou os motivos que levaram o Governo a cumprir o “contrato de confiança” com os portugueses em relação ao Natal, mantendo aquilo que foi acordado.
“Perante o estado em que estamos hoje da pandemia, logo a seguir ao Natal é preciso fazer um grande esforço de contenção. Todos temos a consciência que por maiores que sejam os cuidados que as famílias tenham, necessariamente vai haver um aumento das infeções após o Natal”, sustentou António Costa.
Como “repetidas vezes têm dito vários dos nossos epidemiologistas”, explicou o Primeiro-Ministro, “quanto mais alto” for o patamar de onde se parte “maior será a dimensão da onda” e, para se “evitar um grande crescimento de uma onda em janeiro”, é preciso, logo a seguir ao Natal, “adotar medidas”.
“Felizmente não é necessário puxar o travão de mão para o Natal naquela confiança que tenho que todas as famílias farão o esforço de se organizarem para termos um Natal com cuidado, mas esse travão de mão teve que ser puxado para a Passagem de Ano e acho que este é o equilíbrio certo que é permitir maior liberdade do Natal e depois termos que ter maior contenção na celebração do Ano Novo”, defendeu.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou também esta quinta feira a renovação do Estado de Emergência por mais 15 dias, até 7 de janeiro, e pediu aos portugueses bom senso na celebração do Natal.
O chefe de Estado anunciou esta renovação do Estado de Emergência através de uma mensagem escrita publicada no portal da Presidência da República na Internet.
“Ao renovar, até 07 de janeiro de 2021, o Estado de Emergência, quero recordar o contrato de confiança que essa renovação pressupõe entre todos os portugueses, ou seja, entre todos nós. Ou celebramos o Natal com bom senso, maturidade cívica e justa contenção, ou janeiro conhecerá, inevitavelmente, o agravamento da pandemia, de efeitos imprevisíveis no tempo e na dureza dos sacrifícios e restrições a impor”, lê-se na mensagem.
Esta é a sétima vez que o Presidente da República decreta o Estado de Emergência no atual contexto de pandemia de Covid-19. Nas seis vezes anteriores, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou ao país, a partir do Palácio de Belém, mas tinha anunciado que desta vez não o iria fazer por ser candidato presidencial.