Norte com maior taxa de morbilidade e incidência de Covid-19 mas Lisboa tem maior mortalidade

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Uma análise dos Relatórios de Situação Covid-19 da Direção-Geral da Saúde (DGS) mostra que, desde outubro, têm aumentado em Portugal os casos confirmados, assim como os internados nos hospitais e os óbitos atribuídos à doença.
Até este momento (situação até dia 8 de novembro de 2020), foram registados um total de 183.420 casos confirmados da doença em Portugal. Destes, 102.083 (ou seja, 56%), já recuperou, havendo um total desde o início de 2.959 óbitos, o que equivale a 1.6% do total de infetados.
Na mesma data, existiam 2.651 internados nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), dos quais 391 em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). O número de internados corresponde a 1.4% do número de infetados e os que necessitam Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) representam 15% daqueles.
Estes indicadores representam um agravar acentuado da situação que já se observa desde o início de outubro e que se mantém no início de novembro. Nos primeiros 8 dias deste mês, a média diária de novos casos situou-se nos 4.885, o que é mais do que o dobro da média observada em outubro (2.192), que havia sido o valor mais elevado até àquela data.
O número de recuperados também tem aumentado e, nestes primeiros 8 dias de novembro, registou-se o valor médio diário mais elevado, com 2.539 recuperações, o que corresponde a mais do que o dobro do verificado no mês anterior (1.059).
Calculando as taxas de incidência (novos casos face à população total), morbilidade (total de casos face à população total), mortalidade (óbitos face à população total) e letalidade (óbitos face ao total de casos), vemos que, naturalmente, as taxas de incidência, morbilidade e mortalidade estão a aumentar, pois há um crescimento de casos e de óbitos, mas a taxa de letalidade está a baixar, registando em 8 de novembro um dos valores mais baixos do período em análise, com 1.6% (percentagem de óbitos face ao total de casos).
Estas taxas são, contudo, bastante diversas entre as várias regiões do país. A região Norte e a de Lisboa são as mais afetadas pela doença, concentrando 48% e 38% dos casos e 45% e 39% dos óbitos, respetivamente.
A região Norte é a que apresenta uma maior taxa de morbilidade, com 2.477 casos por 100 mil habitantes, e de incidência, com 63 novos casos por 100 mil habitantes. Na região de Lisboa observa-se a maior taxa de mortalidade, com 40 óbitos por 100 mil habitantes, e nos Açores regista-se a maior letalidade, com 3 óbitos por 100 casos da doença.