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Instituto Nacional de Estatística diz que quase 82% do acréscimo de mortes deve-se à Covid-19

28 Novembro 2020
Instituto Nacional de Estatística diz que quase 82% do acréscimo de mortes deve-se à Covid-19
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Quase 82% do acréscimo de óbitos em Portugal, entre 19 de outubro e 15 de novembro, deveu-se à epidemia de Covid-19, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), tendo por base a média dos últimos cinco anos.
Entre 2 de março – data em que foram diagnosticados os primeiros casos da doença em Portugal – e 15 de novembro, registaram-se 82.326 mortes em território nacional, mais 9.640 do que a média, em período homólogo, dos últimos cinco anos.
“Destes, 36,0% (3.472) foram óbitos por Covid-19”, diz o Instituto Nacional de Estatística (INE), acrescentando que nas últimas quatro semanas (19 de outubro a 15 de novembro) se registaram mais 1.556 óbitos do que a média no mesmo período de 2015-2019.
No período agora em análise registaram-se 1.274 óbitos por Covid-19, representando 81,9% do acréscimo observado.
“Do total de óbitos de 02 de março a 15 de novembro, 40.842 foram de homens e 41.484 de mulheres, mais 4.197 e 5.443, respetivamente, do que a média de óbitos no período homólogo de 2015-2019”, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Mais de 70% das mortes foram de pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos. Comparativamente à média de óbitos observada em idêntico período de 2015-2019, morreram mais 8.227 pessoas com 75 e mais anos, das quais mais 6.288 com 85 e mais anos.
“O maior acréscimo registou-se na região Norte, com exceção da última semana de junho, das primeiras de julho, das últimas de setembro e primeira de outubro, em que foi superior na Área Metropolitana de Lisboa”, observa o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Do total de óbitos registados entre 2 de março e 15 de novembro, 49.301 ocorreram em estabelecimento hospitalar e 33.025 fora desse contexto, a que correspondem aumentos de 3.492 óbitos e 6.148 óbitos, respetivamente, relativamente à média do mesmo período em 2015-2019.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), 63,8% do acréscimo de óbitos ocorreu fora dos hospitais. “Contudo, nas duas últimas semanas (2 a 15 de novembro), o maior acréscimo registou-se nos hospitais”, lê-se na informação que acompanha os dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE).