O Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde diagnosticou hoje mais um caso de Legionella no surto que afeta região do Grande Porto desde final de outubro, revelou fonte da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N).
Com este registo, aumenta para 88 o número total de pessoas que, desde 29 de outubro, recorreram a assistência hospitalar devido à doença no distrito do Porto, sendo que 10 morreram e 11 estão internadas.
No Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, que, desde o início do surto, já detetou 30 casos de Legionella, continuam internadas duas pessoas, tendo sido registados dois óbitos.
Já no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, que já prestou cuidados a 48 pessoas, o número de internamento estabilizou nos 5, tendo oito pessoas morrido devido a complicações relacionadas com a doença.
No Hospital São João, no Porto, mantêm-se internadas quatro pessoas das 10 que deram entrada na unidade desde o final de outubro.
No total, o surto de Legionella, que afetou os concelhos de Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, já registou 88 casos.
Na semana de passada, as autoridades de saúde confirmaram que foi detetada a presença de Legionella, numa das torres de refrigeração do centro de distribuição da empresa de laticínios Longa Vida, em Perafita, Matosinhos.
A empresa revelou, em comunicado, que tinha “desligado preventivamente” o equipamento, a 10 de novembro, mas disse que “não recebeu informação sobre a correlação entre a presença desta bactéria” nas torres de refrigeração e a origem do surto que atingiu o Norte do país.
O Ministério Público já tinha, antes, anunciado a abertura de um inquérito para investigar as causas do surto.
A doença do legionário é uma forma de pneumonia grave, provocada pela bactéria ‘Legionella Pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares, que, apesar de poder ser grave, tem tratamento efetivo.